EIS QUE SURGE A NAÇÃO BRASILEIRA
Eis que surge a nação brasileira: Nesta terra de palmeiras, Plena de sol e calor, Vão se fundindo os povos, Em um caldeirão de dor. (…) Crianças vão nascendo, No solo de Tupã, Crianças vão saindo, Do seio de Iansã
Por Maria Luiza Bortoni Ninis
Nas florestas tropicais
Vivia o índio aguerrido,
Arco e flecha, tacape
Selvagem destemido.
Da Europa, em grandes naus
O branco aqui aportou
E da terra do gentio
Logo se assenhorou.
Para a lavoura, o branco
Quis o índio bravio,
Mas o livre selvagem
Não se ateve ao plantio.
O branco mandou vir
Para o Brasil colonizar
O Escravo africano
Para o solo cultivar.
Braços de ébano
Na labuta dos canaviais,
O negro africano
Com seus gemidos e ais.
Nesta terra de palmeiras,
Plena de sol e calor,
Vão se fundindo os povos
Em um caldeirão de dor.
Amores vão surgindo…
João Ramalho e Caramuru
Das tribos levam as noivas Potira e Paraguaçu.
O sinhô branco e a escrava
Das redes, no calor
A branca é a esposa
A negra o grande amor.
Crianças vão nascendo
No solo de Tupã
Crianças vão saindo
Do seio de Iansã.
Eis que surge uma nação
Nesta terra" mãe gentil"
Morena, forte, aguerrida nação brasileira
Para formar o Brasil !
Maria Luiza Bortoni Ninis – É escritora, mineira, nascida em São Lourenço – MG. Mãe de 5 filhos e esposa amorosa. Professora de história e advogada. Ocupa a cadeira 02 da Academia de Letras de Itajubá e em São Lourenço a cadeira número 86 que pertenceu a sua avó paterna, Luíza Nogueira Bortoni. Pertence ainda à Academia Itajubense de História, ao Clube dos Escritores de Piracicaba e à Academia Luminescência Brasileira de Araraquara. No momento vem trabalhando em uma pesquisa histórica. É Colaboradora da ALANEG/RIDE – Academia de Letras e Arte do Nordeste Goiano e da Xapuri