EM PRETO E BRANCO
batista filho
falarei em preto e branco.
não pintarei o céu
de tons azuis
mesclado de amarelo
laranja e vermelho
(raios de sol
em movimento).
falarei em preto e branco.
e muitos tons de cinza
estarão presentes na minha fala.
me perdoem
ou não me perdoem
mas hoje
(mais precisamente
nessa madrugada)
as nuvens encobriram o céu
e não vejo nenhuma estrela.
talvez por isso
falo em preto e branco
… aliás
já estou falando…
estamos vivendo
como houvesse amanhã.
como se amanhã
– nós e as pessoas que amamos –
ainda estivéssemos aqui
e com um mínimo
de qualidade de vida.
e acordamos com um psicopata
e um bando de manipuladores perversos
em nossas salas
dizendo que haverá amanhã
se seguirmos suas ordens insanas
suas leis desumanas.
antes de ontem
fui a uma cidade pequena
e a maioria das pessoas
parecia personagens
de filmes de terror.
personagens
de filmes de terror
alheias ao horror
do amanhã que não virá
como lhes foi dito que viria.
estamos vivendo
como houvesse amanhã.
como se amanhã
– nós e as pessoas que amamos –
ainda estivéssemos aqui
e com um mínimo
de qualidade de vida.
mas já estamos mortos.
estamos mortos
e muitos não se apercebem disso.
líderes perversos
igualmente mortos
– mortos insepultos –
exalam mau cheiro.
poucas pessoas usam máscaras.
a maioria perdeu o olfato.
e o olfato foi sua perda menor.
falo em preto e branco
e com tons
e semi-tons de cinza:
vívidas nuances
pois mesmo morto
eu lembro.
não sou um espírito
dos mais esclarecidos.
longe disso!
sou só um espírito velho
muito velho e teimoso
que conserva um mínimo de discernimento.
sei que estou morto.
morto e indignado
… e nauseado
com tanto mau cheiro.
mas
o que ouço?!
galos?!
canto de galos???!!!
sim.
mesmo morto
ouço o canto dos galos.
afinal
pouco a pouco
surgirá nova manhã
de um novo velho dia
onde mortos
e moribundos
transitarão
alheios à morte.
alheios à Vida que É
… ou poderia ter sido.
há quem viva.
viva!!!
há quem viva
em meio ao caos
e distribua unguentos
e ternura
em meio a tantos lamentos.
é
estou morto.
amanhã renasço.
aos vivos
que ora vivem
todo o meu amor
e reconhecimento.
ps.
o famoso “tá escrito!”
na maioria das vezes
existe para nos alertar
e não para ser cumprido.
de tons azuis
mesclado de amarelo
laranja e vermelho
(raios de sol
em movimento).
falarei em preto e branco.
e muitos tons de cinza
estarão presentes na minha fala.
me perdoem
ou não me perdoem
mas hoje
(mais precisamente
nessa madrugada)
as nuvens encobriram o céu
e não vejo nenhuma estrela.
talvez por isso
falo em preto e branco
… aliás
já estou falando…
estamos vivendo
como houvesse amanhã.
como se amanhã
– nós e as pessoas que amamos –
ainda estivéssemos aqui
e com um mínimo
de qualidade de vida.
e acordamos com um psicopata
e um bando de manipuladores perversos
em nossas salas
dizendo que haverá amanhã
se seguirmos suas ordens insanas
suas leis desumanas.
antes de ontem
fui a uma cidade pequena
e a maioria das pessoas
parecia personagens
de filmes de terror.
personagens
de filmes de terror
alheias ao horror
do amanhã que não virá
como lhes foi dito que viria.
estamos vivendo
como houvesse amanhã.
como se amanhã
– nós e as pessoas que amamos –
ainda estivéssemos aqui
e com um mínimo
de qualidade de vida.
mas já estamos mortos.
estamos mortos
e muitos não se apercebem disso.
líderes perversos
igualmente mortos
– mortos insepultos –
exalam mau cheiro.
poucas pessoas usam máscaras.
a maioria perdeu o olfato.
e o olfato foi sua perda menor.
falo em preto e branco
e com tons
e semi-tons de cinza:
vívidas nuances
pois mesmo morto
eu lembro.
não sou um espírito
dos mais esclarecidos.
longe disso!
sou só um espírito velho
muito velho e teimoso
que conserva um mínimo de discernimento.
sei que estou morto.
morto e indignado
… e nauseado
com tanto mau cheiro.
mas
o que ouço?!
galos?!
canto de galos???!!!
sim.
mesmo morto
ouço o canto dos galos.
afinal
pouco a pouco
surgirá nova manhã
de um novo velho dia
onde mortos
e moribundos
transitarão
alheios à morte.
alheios à Vida que É
… ou poderia ter sido.
há quem viva.
viva!!!
há quem viva
em meio ao caos
e distribua unguentos
e ternura
em meio a tantos lamentos.
é
estou morto.
amanhã renasço.
aos vivos
que ora vivem
todo o meu amor
e reconhecimento.
ps.
o famoso “tá escrito!”
na maioria das vezes
existe para nos alertar
e não para ser cumprido.
falarei em preto e branco.
não pintarei o céu
de tons azuis
mesclado de amarelo
laranja e vermelho
(raios de sol
em movimento).
falarei em preto e branco.
e muitos tons de cinza
estarão presentes na minha fala.
me perdoem
ou não me perdoem
mas hoje
(mais precisamente
nessa madrugada)
as nuvens encobriram o céu
e não vejo nenhuma estrela.
talvez por isso
falo em preto e branco
… aliás
já estou falando…
estamos vivendo
como houvesse amanhã.
como se amanhã
– nós e as pessoas que amamos –
ainda estivéssemos aqui
e com um mínimo
de qualidade de vida.
e acordamos com um psicopata
e um bando de manipuladores perversos
em nossas salas
dizendo que haverá amanhã
se seguirmos suas ordens insanas
suas leis desumanas.
antes de ontem
fui a uma cidade pequena
e a maioria das pessoas
parecia personagens
de filmes de terror.
personagens
de filmes de terror
alheias ao horror
do amanhã que não virá
como lhes foi dito que viria.
estamos vivendo
como houvesse amanhã.
como se amanhã
– nós e as pessoas que amamos –
ainda estivéssemos aqui
e com um mínimo
de qualidade de vida.
mas já estamos mortos.
estamos mortos
e muitos não se apercebem disso.
líderes perversos
igualmente mortos
– mortos insepultos –
exalam mau cheiro.
poucas pessoas usam máscaras.
a maioria perdeu o olfato.
e o olfato foi sua perda menor.
falo em preto e branco
e com tons
e semi-tons de cinza:
vívidas nuances
pois mesmo morto
eu lembro.
não sou um espírito
dos mais esclarecidos.
longe disso!
sou só um espírito velho
muito velho e teimoso
que conserva um mínimo de discernimento.
sei que estou morto.
morto e indignado
… e nauseado
com tanto mau cheiro.
mas
o que ouço?!
galos?!
canto de galos???!!!
sim.
mesmo morto
ouço o canto dos galos.
afinal
pouco a pouco
surgirá nova manhã
de um novo velho dia
onde mortos
e moribundos
transitarão
alheios à morte.
alheios à Vida que É
… ou poderia ter sido.
há quem viva.
viva!!!
há quem viva
em meio ao caos
e distribua unguentos
e ternura
em meio a tantos lamentos.
é
estou morto.
amanhã renasço.
aos vivos
que ora vivem
todo o meu amor
e reconhecimento.
ps.
o famoso “tá escrito!”
na maioria das vezes
existe para nos alertar
e não para ser cumprido.
de tons azuis
mesclado de amarelo
laranja e vermelho
(raios de sol
em movimento).
falarei em preto e branco.
e muitos tons de cinza
estarão presentes na minha fala.
me perdoem
ou não me perdoem
mas hoje
(mais precisamente
nessa madrugada)
as nuvens encobriram o céu
e não vejo nenhuma estrela.
talvez por isso
falo em preto e branco
… aliás
já estou falando…
estamos vivendo
como houvesse amanhã.
como se amanhã
– nós e as pessoas que amamos –
ainda estivéssemos aqui
e com um mínimo
de qualidade de vida.
e acordamos com um psicopata
e um bando de manipuladores perversos
em nossas salas
dizendo que haverá amanhã
se seguirmos suas ordens insanas
suas leis desumanas.
antes de ontem
fui a uma cidade pequena
e a maioria das pessoas
parecia personagens
de filmes de terror.
personagens
de filmes de terror
alheias ao horror
do amanhã que não virá
como lhes foi dito que viria.
estamos vivendo
como houvesse amanhã.
como se amanhã
– nós e as pessoas que amamos –
ainda estivéssemos aqui
e com um mínimo
de qualidade de vida.
mas já estamos mortos.
estamos mortos
e muitos não se apercebem disso.
líderes perversos
igualmente mortos
– mortos insepultos –
exalam mau cheiro.
poucas pessoas usam máscaras.
a maioria perdeu o olfato.
e o olfato foi sua perda menor.
falo em preto e branco
e com tons
e semi-tons de cinza:
vívidas nuances
pois mesmo morto
eu lembro.
não sou um espírito
dos mais esclarecidos.
longe disso!
sou só um espírito velho
muito velho e teimoso
que conserva um mínimo de discernimento.
sei que estou morto.
morto e indignado
… e nauseado
com tanto mau cheiro.
mas
o que ouço?!
galos?!
canto de galos???!!!
sim.
mesmo morto
ouço o canto dos galos.
afinal
pouco a pouco
surgirá nova manhã
de um novo velho dia
onde mortos
e moribundos
transitarão
alheios à morte.
alheios à Vida que É
… ou poderia ter sido.
há quem viva.
viva!!!
há quem viva
em meio ao caos
e distribua unguentos
e ternura
em meio a tantos lamentos.
é
estou morto.
amanhã renasço.
aos vivos
que ora vivem
todo o meu amor
e reconhecimento.
ps.
o famoso “tá escrito!”
na maioria das vezes
existe para nos alertar
e não para ser cumprido.