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O dedo do Tio

A violência é resultado principalmente da intervenção externa com apoio interno do judiciário capturado e omisso, políticos oportunistas e, em especial, da mídia corrupta e venal a serviço dos bancos. “O império anglo/saxão/sionista controla com mão-de-ferro a imprensa prostituta ocidental, que está agora em modo de lavagem cerebral”, disse o economista e geopolítico Peter Koenig, recentemente. Observação facilmente comprovada em redes de TV, jornais e revistas nacionais que operam vazamentos da Lava Jato, caluniam lideranças políticas ou, como agora, naturalizam e glamurizam emboscadas e assassinatos.
Nunca é demais lembrar a experiência da Ucrânia, mergulhada em uma guerra civil, em 2013, a partir da ação de grupos fascistas que assaltaram o governo. Na mesma conta, está a violenta destituição e assassinato do presidente Muamar Kadafi, em 2011, que destruiu o Estado Líbio e transformou o país num território de gangues. Assim como no Brasil, as “primaveras árabes” atingiram o Norte da África e o Oriente Médio, em especial a Síria, com a mesma técnica de assalto ao poder, manifestações de massas e uso das mídias sociais.
“No creo en brujas, pero que las hay, las hay”, diz o ditado espanhol que insiste em conferir realidade às inúmeras “coincidências” registradas nos últimos dias para desviar, capturar ou manipular a “opinião pública”. Ás vésperas do julgamento de Lula, a vereadora Marielle Franco é assassinada no Rio de Janeiro; no mesmo dia em que a caravana de Lula é alvejada por tiros, o Globo informa que o ministro Fachin – relator da Lava Jato – vem sofrendo ameaças, sem identificar a origem. São fatos recentes que mantém o histórico de “casualidade” política e midiática da Operação Lava Jato que impõem imediata resposta de democratas e patriotas.
Os episódios verificados nos últimos dias exigem a urgente compreensão do caráter pensado, planejado e executado da escalada de violência que tem por principal objetivo instalar um clima de insegurança, desordem e confronto social – dividir o país. O alvo das balas que atingiram os ônibus da caravana pelo Sul do Brasil não é apenas Lula, ou o PT, mas a democracia, o Estado Brasileiro, a sua própria existência enquanto Nação. As mãos que acionaram as armas que dispararam contra Lula são as mesma que se apropriam do pré-sal, do Orçamento Geral da União e das empresas nacionais.

Lula Dedo 247

Fernando Rosa, jornalista, editor do blog Senhor X, especializado em geopolítica.
Matéria publicada em 29 de março no Brasil 247  https://www.brasil247.com/pt/colunistas/geral/349020/O-dedo-do-Tio.htm
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Réquiem para o Cerrado – O Simbólico e o Real na Terra das Plantas Tortas

Uma linda e singela história do Cerrado. Em comovente narrativa, o professor Altair Sales nos leva à vida simples e feliz  no “jardim das plantas tortas” de um pacato  povoado  cerratense, interrompida pela devastação do Cerrado nesses tempos cruéis que nos toca viver nos dias de hoje. 
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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