Herdeiros da Democracia
Herdeiros da democracia!
Mergulhados na agonia…
Da política suja, enxovalhada.
De uma república entregada
Aos homens de gravata.
Mas os herdeiros estão vazando
Para a América e a Europa,
Em busca de paz e harmonia.
Covardes gansos, repletos de covardia.
Políticos da rebeldia.
Esses orquestram a sinfonia
Do trem da alegria.
Dão repressão aos herdeiros,
Na hora de cantarem o hino
Da liberdade do juízo são.
Herdeiros, juntam os bens da pátria,
Como a galinha que esconde os pintinhos
Debaixo das asas,
Quando a chuva cai no chão.
Vão juntando um a um nas praças,
Depois distribuem aos pobres .
Não haverá mais Estado-Maior,
Da classe dos herdeiros, uma só.
Rege a esquizofrenia do paletó,
Da gravata preta, branca e colorida,
Na sessão de anarquia do Congresso.
E cada um vota contra os herdeiros
Que constroem este país verde e amarelo:
De Zé, Mané, Washington, Josué e Jair.
Sempre reinou aqui, o workaholic.
Somos uma colônia da Europa,
Mas herdeiros permanentes
Desta pátria verde e amarelo.
Às vezes nos cegam na cela,
Soldadinhos de chumbo,
Armados com bala amarga.
E desprovidos de lentes,
Dos óculos de Nietzsche.
Mas os herdeiros reagem cantando
O hino da liberdade e da existência.
O Cerrado e a Amazônia são irmãos
De pai e mãe, no Brasil.
Há uma voz que ecoa no tapete,
É a voz do patrão que ludibria a nação;
São bastante dignos de sanção.
É preciso sonhar para poder viver!
Porque tudo pode morrer,
A qualquer instante na vida.
E o herdeiro administra a batuta,
A sinfonia começa nas ruas,
A gritaria do povo vira música,
Nos estados brasileiros.
Vanílson Reis, 03.11.19, Poeta formosense e Prof. · Brasília– SEEDF
Fonte: Arquivo Pessoal do Poeta
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