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Lula: Ataque a Bachelet envergonha o Brasil

Lula: ‘Bolsonaro não cansa de envergonhar o Brasil’
Em mensagem no Twitter, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou nesta quarta-feira (4) solidariedade à alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet. A ex-presidenta do Chile foi vítima de um pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro.

Da Rede Brasil Atual

“Bolsonaro não cansa de vomitar ignorância e envergonhar o Brasil perante o mundo. Minha solidariedade à presidenta Michelle Bachelet e ao povo chileno, que hoje tiveram a memória de seus mortos e desaparecidos violentadas por este senhor”, defendeu Lula.
Depois que Bachelet declarou à imprensa, em Genebra, que houve redução dos espaços democráticos no país, por conta da violência policial e das ameaças e ataques aos defensores dos Direitos Humanos, Bolsonaro disparou contra a líder chilena, ao sair do Palácio do Planalto.
Segundo ele, Bachelet “se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai, brigadeiro à época”. Alberto Bachelet morreu sob tortura de ex-colegas de farda em 1974, aos 51 anos.
Bolsonaro disse ainda que Bachelet defende “direitos de vagabundos”, e que “quando a gente não tem o que fazer, vai lá para a cadeira de Direitos Humanos da ONU”.
A fala do presidente brasileiro repercutiu mal inclusive perante o presidente do Chile, Sebastián Piñera, que é de perfil conservador e aliado de Bolsonaro. “Não compartilho da alusão feita pelo presidente Bolsonaro com respeito a uma ex-presidente do Chile (Bachelet) e, principalmente, a um assunto tão doloroso quanto a morte de seu pai”, disse Piñera.
O jornalista chileno Mario Dujisin, que foi chefe do Departamento Internacional e Imprensa Estrangeira do Chile até o golpe de Estado de 1973, classificou Bolsonaro como falso e ignorante sobre quem era Salvador Allende ao dizer que o golpe de Pinochet “salvou o Chile de uma ditadura cubana”.
“Mas é claro, isso seria pedir demais à pobre cabecinha do capitão-presidente. Suas especializações são mentiras e insultos, especialmente dirigidos a mulheres, como a senhora Macron ou a senhora Bachelet. Esse maravilhoso Brasil merece algo muito melhor”, afirmou Dujisi à Folha de S.Paulo.
Nota da Redação Xapuri: Nós não usamos o nome do presidente em nossas capas. Nesta matéria, utilizamos a palavra usda pelo povo Yanomami, “xauara”, que segundo o grande líder Davi Kopenawa quer dizer: o que tem um pensamento adoecido.


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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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