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Lula tem que ser condenado, mesmo sem provas

Lula tem que ser condenado, mesmo sem provas

Lula tem que ser condenado, mesmo sem provas.
Lula tem que ser condenado, mesmo sem culpa.
Lula tem que ser condenado, senão ele se candidata.
Lula tem que ser condenado, senão ele ganha.
Lula tem que ser condenado, senão ele volta a ser presidente do .
Lula tem que ser condenado, senão ele resgata o Brasil da crise.
Lula tem que ser condenado, senão a será derrotada.
Lula tem que ser condenado, senão o povo terá de novo um governo seu.
Lula tem que ser condenado, senão o acaba no Brasil.
Lula tem que ser condenado, senão o Judiciário terá feito Justiça.
Lula tem que ser condenado, senão o povo voltará a ser feliz.
Lula tem que ser condenado, senão voltaremos a ter orgulho de ser brasileiros.
Lula tem que ser condenado, senão a economia brasileira voltará a crescer.
Lula tem que ser condenado, senão o Brasil deixará de ser tão injusto,
Lula tem que ser condenado, senão o Brasil voltará a ser respeitado no mundo.
Lula tem que ser condenado, senão o Estado voltará a ser legítimo no Brasil.
Lula tem que ser condenado, senão o país voltará a ter paz e confiança.
Lula tem que ser condenado, senão voltaremos a ter uma externa soberana.
Lula tem que ser condenado, senão voltaremos a ter uma democratizada.
Lula tem que ser condenado, senão o SUS voltará a ter todo o apoio de que necessita.
Lula tem que ser condenado, senão não haverá mais gente abandonada no Brasil.
Lula tem que ser condenado, senão voltaremos a ter um governo que cuida das pessoas.
Lula tem que ser condenado, senão o analfabetismo vai acabar no Brasil
Lula tem que ser condenado, senão não haverá democratização dos meios de comunicação.
Lula tem que ser condenado, senão não haverá a criação de empregos com carteira assinada para milhões de pessoas.
Lula tem que ser condenado, senão o Brasil voltará a ter pleno emprego.
Lula tem que ser condenado, senão voltaremos a sonhar com o futuro do Brasil.
Lula tem que ser condenado, senão todos comerão três vezes ao dia.
Lula tem que ser condenado, senão não haverá mais fome e miséria no Brasil.


Emir Sader

 

Emir Sader – Sociólogo. Membro do Conselho Editorial da .

 


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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