Medicina e espiritualidade: quando a ciência caminha junto com a fé

Medicina e : quando a caminha junto com a fé

No Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo I, item 8., Kardec descreve: “A Ciência e a são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis materiais e a outra as do mundo moral, tendo no entanto, uma e outra, o mesmo princípio: Deus, razão por que não podem contradizer-se”.

Por Lucrécio Arrais/Meio Norte

A incompatibilidade que se julgou existir entre ciência e religião provém apenas de uma observação insuficiente e o excesso de exclusivismo de um lado e de outro. Daí o conflito que deu à incredulidade e a intolerância. Em verdade, a Medicina sempre esteve atrelada à espiritualidade, desde que se entende que espiritualidade é toda força interior do ser humano. É o potencial imaterial do homem.

Desde a Grécia Antiga, que é quando a Medicina passou a ser estruturada como a conhecemos hoje,  os sábios que fundamentaram essas bases, dentre eles, Sócrates, deixaram essa certeza como . Sócrates entendia sua missão educativa em serviço de Deus, cuidando do homem interior, e, dizia que, a alma era para ele o que “havia de divino no homem” (Protágoras de Platão).

 

Muito modernamente temos a assertiva de Einstein, que dizia: “A ciência, sem a religião, é manca, e a religião, sem a ciência, é cega”. “A Medicina funciona atrelada à espiritualidade quando entendemos que o ser humano é possuidor das dimensões biológico-social-psicológico-espiritual, as quais são inseparáveis. Ao tratar os desequilíbrios que geram as e distúrbios,  se não abordarmos integralmente, não conseguiremos auxiliar na do ser que sofre”, explica Kátia Marabuco, médica, escritora e uma das incentivadoras da medicina atrelada à espiritualidade no Piauí.

Com a evolução da ciência, passou-se a perceber como as emoções e outros aspectos poderiam contribuir com condições patológicas. “A Medicina  Psicossomática surgiu da observação de que os componentes emocionais influenciavam as patologias orgânicas, a partir daí, um crescente número de pesquisas demonstrou  que o homem não era uma máquina, composta por partes dissociáveis e que, além do mundo dos micróbios, outras etiologias eram causas das doenças humanas”, acrescenta.

O chamado “cérebro espiritual” é um importante dispositivo de análise. “Pesquisas hoje demonstram a dimensão do cérebro espiritual, identificado por ressonância magnética funcional. A dimensão da fé na cura e o efeito placebo, que é o poderoso fator da crença individual do ser humano, o efeito das preces intercessórias no individual e no coletivo. Existem hoje inúmeros pesquisadores que desenvolvem trabalhos no âmbito da espiritualidade e medicina, comprovando os efeitos na saúde e na melhora dos tratamentos cirúrgicos e clínicos”, revela Marabuco.

A Medicina atrelada à espiritualidade não é uma novidade, mas uma tradição que acompanha os estudos científicos ao longo dos anos. “Não poderíamos dizer que é um novo método, mas um crescente reconhecimento da dimensão espiritual do homem que, aliando-se às modernas tecnologias mé, tem melhorado essa busca constante da saúde humana”, considera.

Fonte: Meio Norte


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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