Meu vizinho foi preso?

Meu vizinho foi preso?
Por: Luiz Carlos Prata Regadas no brasil247
Ronnie Lessa foi preso às 4:30 da madrugada desta terça-feira ao sair de seu luxuoso apartamento na Barra da Tijuca- RJ, Condomínio Vivendas onde morava e era vizinho do presidente Bolsonaro. Ele é acusado pela polícia carioca de ser o homem que executou Marielle Franco e o seu Motorista, Aderson Gomes, com 13 tiros.
Interessante que por onde mora ou vai um presidente a Polícia Federal faz uma operação de varredura por um raio de uma certa distância a fim de impedir atentados contra a mais alta autoridade do país, mas no caso do Presidente Bolsonaro parece não ter sido necessário, pois seu vizinho Ronnie, preso hoje, foi por um período ex-sogro de um dos seus filhos. Fato esse bem lembrado pelo senador Senador Humberto Costa -PT-PE- via twitter:
“Como pode um assassino de alta periculosidade, com armas, acessórios e munições, morar no mesmo condomínio de luxo do presidente da República, sem que os órgãos de inteligência tenham identificado um vizinho desse calibre“.
Segundo relatos da polícia, o sargento reformado da Polícia Militar, tem além do luxuoso apartamento na Barra da Tijuca, tem uma luxuosa casa de praia em Angra dos Reis. Isso tudo ganhando aproximadamente 7 mil reais.
Quem está por trás de Ronnie Lessa? Quem o financia? Agiu sozinho por ódio a uma ideologia? Agiu a mando de alguém que se sentia ameaçado? Quem mandou matar Marielle? Qual a relação desse miliciano com os amigos milicianos condecorados pela família Bolsonaro? Como um homem perigoso que já tinha sido preso na Operação Guilhotina realizada pelo Polícia Federal em 2011 morava vizinho a um presidente sem ser incomodado se não fosse deu amigo?
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Importante ressaltar que na operação de hoje, 12, que levou a prisão do assassino de Marielle Franco e do motorista, Élcio Queiroz que guiava o carro no momento do crime, é amigo de Adriano Magalhães Nóbrega que é muito amigo do Clã Bolsonaro. Nóbrega já foi duas vezes homenageado por Flávia Bolsonaro, filho do presidente do Brasil, deputado estadual do Rio de Janeiro.

Uma “coincidência” interessante é que Flávio Bolsonaro deu emprego a e esposa do miliciano Adriano em seu gabinete gabinete. E seu pai Jair Bolsonaro, à época deputado Federal, hoje presidente do Brasil fez menção de repudio a condenação do miliciano Adriano por homicídio.

Vale ressaltar que Adriano foi o primeiro a levar Bolsonaro pai ao tribunal do júri e que, no momento, Adriano Nóbrega, miliciano, encontra-se foragido.

Culpado existe e ele não é um peixe pequeno. É um tubarão grande. E são muitas coincidências que ligam os Bolsonaros aos milicianos. Espero que a polícia brasileira seja verdadeiramente pelo menos dessa vez brasileira, sem adesivos da polícia americana e coloque toda a verdade que aguardamos faz um bom para que todos possam conhecer quem são os poderosos que mandam, até matar, para se dar bem nesse país onde muitos pretos, pobres, travestis, tem morrido.

O que o brasileiro mais sonha é de além de ter um bom salário para viver com dignidade, ter direito a e de qualidade e poder ter a de se expressar sem ser demitido, sem ser morto, sem precisar se exilar de seu país para viver e ser feliz lutando por seus ideias.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/colunistas/geral/386634/Meu-vizinho-foi-preso.htm

 


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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