Briga entre Moro e Bozo: Chumbo trocado não dói!
Por Helena Chagas
Esperava-se um revólver calibre 22, mas o ex-ministro Sérgio Moro saiu do governo atirando no presidente Jair Bolsonaro com uma bazuca. Moro não fez apenas um discurso de futuro candidato a presidente em 2022, ele destroçou Bolsonaro com uma série de acusações ao revelar que o presidente, sim, demitiu o diretor geral da PF por interferência política – e que ele próprio teria admitido isso nas conversas. Deu mais detalhes dessas razões, contando que as substituições anteriores nas superintendências do Rio e de Pernambuco atenderam ao mesmo objetivo. E revelando que Bolsonaro está muito preocupado com inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal.
Ao afirmar que o importante não é saber quem entra no lugar de Maurício Valeixo, mas sim por quê entra, contou ainda que Bolsonaro manifestou intenção de ter acesso a informações sobre investigações e relatórios de inteligência reservados da PF – o que é, claramente, crime de responsabilidade. Outra grave revelação foi a de que não assinou a demissão de Valeixo publicada hoje no Diário Oficial com seu nome – e que também não foi a pedido. Ou seja, o ministro da Justiça acusa o Planalto de falsidade ideológica.
O mundo político ainda está atordoado pelo tiro desta manhã, mas entre parlamentares experientes já se afirma que Moro, de uma forma ou de outra, acabou com o governo Bolsonaro. Ou por um possível processo de impeachment, que ganha agora contornos reais em função da série de crimes de responsabilidade apontados, ou pelo isolamento total que, mais adiante, poderá levar a isso a partir da desidratação de sua já decadente popularidade.
Neste momento, políticos do PT festejam o fato de Moro ter dito que no governo Dilma, em 2014, a PF teve autonomia para fazer as investigações da Lava jato – que, ao fim e ao cabo, levaram à deposição da presidente.
E Moro? Pode achar que sairá disso tudo como herói, pronto a assumir uma candidatura em 2022. Fez questão inclusive de dizer que continua à disposição para servir ao país. Mas não é simples assim. Como neopolítico, ele vai perceber que quem pega uma bazuca para dar um tiro desse alcance sempre paga seu preço. Ele agora vai para o alvo de Bolsonaro e bolsominions.
Fonte: Os Divergentes
Ao afirmar que o importante não é saber quem entra no lugar de Maurício Valeixo, mas sim por quê entra, contou ainda que Bolsonaro manifestou intenção de ter acesso a informações sobre investigações e relatórios de inteligência reservados da PF – o que é, claramente, crime de responsabilidade. Outra grave revelação foi a de que não assinou a demissão de Valeixo publicada hoje no Diário Oficial com seu nome – e que também não foi a pedido. Ou seja, o ministro da Justiça acusa o Planalto de falsidade ideológica.
O mundo político ainda está atordoado pelo tiro desta manhã, mas entre parlamentares experientes já se afirma que Moro, de uma forma ou de outra, acabou com o governo Bolsonaro. Ou por um possível processo de impeachment, que ganha agora contornos reais em função da série de crimes de responsabilidade apontados, ou pelo isolamento total que, mais adiante, poderá levar a isso a partir da desidratação de sua já decadente popularidade.
Neste momento, políticos do PT festejam o fato de Moro ter dito que no governo Dilma, em 2014, a PF teve autonomia para fazer as investigações da Lava jato – que, ao fim e ao cabo, levaram à deposição da presidente.
E Moro? Pode achar que sairá disso tudo como herói, pronto a assumir uma candidatura em 2022. Fez questão inclusive de dizer que continua à disposição para servir ao país. Mas não é simples assim. Como neopolítico, ele vai perceber que quem pega uma bazuca para dar um tiro desse alcance sempre paga seu preço. Ele agora vai para o alvo de Bolsonaro e bolsominions.
Fonte: Os Divergentes
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Sérgio Moro