Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.
Orion

Orion: Astrônomos captam o nascimento de uma estrela

 Uma equipe de astrônomos europeus conseguiu captar o nascimento de uma estrela (estrella).  Os astrônomos detectaram uma espetacular explosão, similar a uma apresentação de fogos de artifício na consetalação de Orion, a cerca de 1.350 anos-luz de distância do nosso planeta Terra.

Segundo um comunicado oficial, os cientistas do Observatório Austral Europeu (ESO),  com a ajuda do telescópio ALMA, situado en Chile,  conseguiram registrar em alta definição esse fenômeno,  considerado violento e explosivo, enquanto observavam as massas de um grupo de estrelas.
A estrela nascente foi captada em uma área densa e ativa de formação de estrelas chamada Nuvem Molecular de Orion (OMC1) que faz parte da conhecida nebulosa de Orion e se parecem a uma versão cósmica dos fogos de artifício terrestres, como serpentinas gigantes que se espalham em todas as direções.

Segundo o comunicado do ESO, “a potente erupção se desencadeou e fez com que tanto as proto-estrelas próximas como centenas de colossais jatos de gás e poeira, em forma de serpentinas, foram jogados no espaço a mais de 150 quilômetros por segundo, liberando tanta energia como que o sol emitiria em 10 milhões de anos.”

Além das fotos belíssimas, o que entusiasma os astrônomos é o fato de terem registrados detalhes únicos e importantes do nascimento de uma estrela, dizem os cientistas. Para eles, a observação desse fenômeno os ajudou a entender a força subjacente da explosão e o seus impactos sobre a formação de estrelas por toda a galaxia. Por exemplo, os astrônomos dizem ter chegado à conclusão de que esse tipo de explosão, considerada relativamente breve, pode durar vários séculos.

estrella Cuba

Foto: Cuba Debate

ANOTE: As estrelas nascem quando uma nuvem de gás centenas de vezes mais densa do que o nosso Sol começa e entrar em colapso sob sua própria gravidade e alguns núcleos chamados prot-estrelas se juntam entre si até se chocar, provocando violentas explosões. Esta matéria foi traduzida do espanhol pela equipe da Xapuri da página cubadebate que, segundo o site, a produziu com informações da EFE.

Chico Mendes wellington babylook offwhite 1 3

Salve! Este site é mantido com a venda de nossas camisetas. É também com a venda de camisetas que apoiamos a luta do Comitê Chico Mendes, no Acre, e a do povo indígena Krenak, em Minas Gerais. Ao comprar uma delas, você fortalece um veículo de comunicação independente, você investe na Resistência. Comprando duas, seu frete sai grátis para qualquer lugar do Brasil. Visite nossa Loja Solidária, ou fale conosco via WhatsApp: 61 9 9611 6826.

Chico Mendes wellington offwhite 2 3

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA