Natureza intocada: Brasil é um dos cinco países do mundo com áreas inexploradas

Brasil é um dos cinco países do mundo com natureza intocada

Uma pesquisa da Universidade de Queensland, na Austrália, e da Wildlife Conservation Society (WCS), de Nova York, nos Estados Unidos, mostrou que apenas cinco países detêm 70% das áreas inexploradas do mundo, entre os quais, o Brasil.

Por: Vanessa de Oliveira – pensamentoverde

De acordo com o relatório, além do Brasil, os países com mais territórios intocados são Austrália, Estados Unidos, Rússia e Canadá.

Ainda há natureza selvagem intocada – áreas terrestres e marítimas praticamente não afetadas pela expansão da humanidade – em apenas um quarto do planeta. Elas são refúgio vital para milhares de espécies ameaçadas pelo desmatamento e pela pesca excessiva. Essas áreas oferecem, ainda, alguns dos mais eficientes mecanismos de defesa contra eventos climáticos devastadores provocados pelas mudanças climáticas.

Os pesquisadores analisaram oito indicadores do impacto humano sobre a natureza, incluindo ambientes urbanos, terras agrícolas e projetos de infraestrutura. Em relação aos oceanos, utilizaram dados sobre pesca, transporte industrial e derrame de fertilizantes para determinar que somente 13% dos mares do planeta têm poucas ou nenhuma marca da atividade humana.

Alerta

Devido ao consumo de combustíveis fósseis, madeira e carne, assim como à explosão populacional, somente 23% da Terra estão livres dos impactos da agricultura e da indústria

Há um século, as áreas intocadas correspondiam a 83% do planeta. Entre 1993 e 2009, uma área de natureza selvagem do tamanho da Índia foi perdida devido à ocupação humana, à lavoura e à mineração.

A pesquisa faz um alerta à necessidade da implantação de mais leis para proteger áreas intocadas e incentivar a preservação ambiental. Os pesquisadores ressaltam que os esforços precisam ser feitos em conjunto e dependem de políticas internacionais. Eles acreditam que, traçando uma meta, é possível que esses ecossistemas restantes sejam preservados 100%.

A pesquisa salienta, ainda, a importância de estes países terem representantes e líderes que busquem alcançar esse objetivo e estimulem a população a fazer o mesmo.

Fonte: https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/brasil-e-um-dos-cinco-paises-do-mundo-com-natureza-intocada/

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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