O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA EVITAR O AQUECIMENTO GLOBAL

O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA EVITAR O AQUECIMENTO GLOBAL

O que você pode fazer para evitar o

Muito se fala do aquecimento global e quando se pensa nisso, logo se associa o problema à poluição e às indústrias, esquecendo-se que atitudes individuais e simples também podem ajudar a minimizar esse problema…

Por Deise Aur/GreenMe

Os gases que produzem o efeito estufa são aqueles que se acumulam na atmosfera terrestre e dificultam a passagem dos gases infravermelhos, deixando o mais aquecido.

Devido à crescente quantidade desses gases na atmosfera, o aumento da temperatura já está a prejudicando o equilíbrio entre os sistemas naturais.

Reduzir a emissão de dióxido de (CO2), do metano (CH4) e do óxido nitroso (N2O), entre outros gases, é de vital importância para nossa existência e para a preservação do nosso planeta.

É sobre isso e mais questões relacionadas ao combate do aquecimento global, que esse conteúdo enfocará a seguir. Confira!

1. O consumismo intensifica o aquecimento global

O aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera, é resultante do atual modo de de nossa sociedade. Fatores que contribuem para isso de forma macro são:

  • desmatamento das floresta
  • emissão de gases tóxicos pela indústrias
  • uso do solo para agricultura e pecuária, de forma intensiva
  • queima de combustíveis fósseis no transporte
  • excesso de consumismo

Nós temos nossa parcela de responsabilidade nessa e contribuímos para o aquecimento global com nossas atitudes e escolhas, pois muito do que consumimos envolve a emissões de gases de efeito estufa na produção, por isso nossas escolhas de consumo podem contribuir para diminuir esse impacto.

Mudanças de hábito podem ajudar a evitar mudanças climáticas em decorrência do aquecimento global, saibam como a seguir.

O que você pode fazer para evitar o aquecimento global

2. Ações que ajudam cada um de nós à um consumo mais consciente para diminuir o aquecimento global

2.1. Deixar de consumir produtos de origem animal

Muitas áreas florestais estão sendo devastadas para serem usadas como pasto para gado de corte ou leiteiro e devido a diminuição da vegetação, ocorre o aumento dos gases que provocam o aquecimento global.

O desmatamento é o maior causador do aumento de emissão de gases de efeito estufa. Para não contribuir para isso, pode-se substituir a carne e o leite com seus respectivos derivados por outras fontes de proteína vegetais.

2.2. Não comprar produtos de madeira que não é certificada ou preferir produtos de outro tipo de matéria-prima

Madeira ilegal envolve a devastação de nativas que resulta em maior emissão de gases de efeito estufa. Adquira apenas produtos e materiais de construção feitos com madeira certificada, que têm o selo FSC ou o de madeira de reflorestamento.

Outra opção e até mais efetiva, é dar preferência por compra de produtos com outras matérias-primas que não agridam o Meio-Ambiente e que sejam produzidos de forma sustentável. Dessa maneira se deixa de colaborar com o desmatamento ao comprar produtos de madeira.

2.3. Comprar produtos feitos de forma sustentável

Comprar produtos feitos por comunidades locais é uma forma de não colaborar com o desmatamento e ainda contribuir para geração de emprego e destas comunidades, principalmente as que vivem nas florestas e fazem o uso sustentável da vegetação.

Existem comunidades que fazem e comercializam seu produtos de forma sustentável e artesanal, tais como cestos ou óleos artesanais, por exemplo. Outra alternativa de não contribuir com o desmatamento é comprar produtos industrializados cujas matérias-primas não foram extraídas das florestas de forma predatória e em parceria com as comunidades locais.

2.4. Menos carro e mais bike

A queima de combustíveis fósseis como a gasolina e diesel contribuem para causar o aquecimento global. Um carro médio rodando trinta quilômetros por dia, em um ano, emite uma quantidade de gases de efeito estufa que necessitaria de 17 árvores crescendo durante 37 anos para absorvê-lo.

Uma forma de não contribuir para isso é diminuir o uso do automóvel, caminhando mais, andar de bicicleta ou usar transporte público. Prefira automóveis zero emissões se for comprar um.

2.5. Refletir sobre o consumo de certos produtos

A fabricação dos produtos envolvem: extração e processamento das matérias-primas, o uso de água e de energia na produção e o consumo de combustível no transporte até os locais onde serão comercializados.

Todas estas etapas causam a emissão de gases de efeito estufa.

Refletir se realmente é necessário o consumo de cada produto é uma forma de evitar desperdício e ainda reduzir o efeito estufa. Antes de comprar um eletrodoméstico, vestuário ou móvel novo, pense se não dá para reaproveitar, usar por mais ou consertar, se for o caso.

2.6. Comprar de empresas conscientes

Existem empresas que estão adotando medidas para avaliar o quanto produz de volume de gases efeito estufa em seus processos de produção, seja nas fábricas, escritórios, na frota de distribuição e transportes aéreos, e com isso estão desenvolvendo alternativas e formas de reduzir a emissão desses gases.

Pesquisar, conhecer, comprar ou adquirir serviços de empresas que se preocupam com o Meio-Ambiente, fazendo análise da emissão de gases efeito estufa do processo de produção de seus produtos, e que adotam medidas para reduzi-la, é uma forma de consumo consciente.

Para saber mais sobre cada empresa é só se comunicar com o SAC (Serviço ao Consumidor) de cada empresa. Outra forma eficaz de conhecer quais empresas têm uma postura ética e ecológica com a Natureza é pesquisar em sites de Entidades de Proteção ao Meio-Ambiente.

2.7. Parar com o desperdício

O desperdício de alimentos compõem a maior parte do lixo produzido em nosso país. O lixo orgânico depositado nos lixões ou aterros emite gás metano durante sua decomposição e esse gás é 21 vezes mais potente que o gás carbônico, como gerador de efeito estufa.

Parar com o desperdício de alimentos, planejando as compras e reaproveitando as sobras é uma forma de evitar esse problema. Cerca de um terço dos alimentos que são comprados pelos brasileiros vai parar no lixo.

2.8. Conhecer a problemática da produção da soja

A Floresta Amazônica e a Vegetação do  estão sendo devastados por conta da plantação de soja. Muitas dessas áreas são desmatadas ilegalmente. O desmatamento é a causa principal da emissão de gases de efeito estufa no Brasil.

Conheça a da soja ou de seus produtos derivados, como farelo ou lecitina de soja que são usados como ingredientes em vários produtos alimentícios, como óleos, sucos, margarinas, chocolates, biscoitos ou ração para animais, e só adquira produtos que não tenham procedência de áreas desmatadas.

Esta é uma forma de não ser conivente com toda essa devastação ambiental. Pesquise em sites de preservação ambiental ou conheça as empresas através de seus SACs ou sites.

2.9. Juntar o lixo para encaminhar para a reciclagem

Encaminhar o lixo procedente de materiais como papel, vidro, plástico e alumínio para coletas seletivas com a finalidade de reciclá-los, para serem usados como matéria-prima em novos produtos, é uma ação consciente e sustentável importante para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, além de gerar mais economia.

Reciclar contribui para a economia de recursos naturais, pelo uso de matéria prima reciclada em vez da extração de matéria-prima virgem e a diminuição de gastos com extração de matéria-prima e seu processamento. A produção a partir da reciclagem gasta menos energia elétrica e reduz a emissão de gases de efeito estufa. Comprar produtos feitos com materiais reciclados ou recicláveis ajuda a combater o desperdício e o aquecimento global.

2.10. Incentivar, conhecer e praticar ações que combatam o aquecimento global

  • Caso na sua cidade não tenha ciclovias, incentive as autoridades municipais a adotarem medidas que incentivem o uso da bicicleta como transporte, como por exemplo, a pavimentação de ciclovias e estacionamentos para bicicletas.
  • Dê ou pegue carona, isso contribui para menos trafego de veículos e diminuição de congestionamento no trânsito e com isso menos poluição.
  • Faça revisão com frequência do carro e calibre os pneus para evitar desperdício de combustível e aumento da poluição
  • Prefira comprar produtos locais que não precisem de transporte
  • Use produtos reciclados ou recicláveis.
  • Compre apenas o que for necessário, utilize ao máximo os produtos e quando for trocar ou se desfazer deles,  venda, doe e encaminhe para reciclagem
  • Compre produtos e eletrodomésticos com eficiência e economia de energia
  • Use Ecobags, sacolas ecológicas (reaproveitáveis) para as compras e evite o uso de sacolinhas plásticas
  • Compre sprays aerossóis que não agridam a camada de ozônio, que são os que contêm o gás propelente CFC (clorofluorcarbono), utilize os sprays aerossóis que utilizam no lugar do CFC, o GLP, sigla para gás liquefeito de petróleo, que não provoca danos à camada de ozônio.
  • Mantenha a panela bem centralizada na boca do fogão, isso faz com que aqueça mais rápido e gaste menos gás
  • Fogões elétricos a gás emitem 50% mais de gases do efeito estufa que fogões convencionais
  • Chuveiros elétricos chegam a emitir até quatro vezes mais gases do que os aquecidos à gás
  • Usar o varal chega a emitir menos 3 kg de gases por lavagem do que usar a secadora
  • Lavar a roupa com água fria reduz a emissão de gases do efeito estufa em até 15 vezes em comparação de lavar com água quente
  • A instalação de sistemas de armazenamento da água da chuva e utilização de energia solar na residência, além de gerar economia, diminui a emissão de gases efeito estufa
  • Faça compostagem caseira com materiais orgânicos, como cascas, borra de café, restos de frutas e alimentos, isso contribui para diminuir o lixo orgânico coletivo
  • Se possível, utilize o ventilador ao invés do ar condicionado
  • Lembre de apagar as luzes sempre que não houver necessidade de iluminação e de tirar da tomada os aparelhos que permanecem em stand-by (em espera)
  • Plante árvores! Quanto mais vegetação, menos gases tóxicos e poluição

3. Cada um fazendo sua parte influirá no coletivo

Se cada uma das bilhões de pessoas que existem na face da Terra fizer sua parte, haverá menos emissão de gases efeito estufa, menos poluição, desmatamento e desperdício de produtos, mais economia de combustível, transporte, energia limpa, água, alimentos e bens de consumo.

Façamos a diferença pela preservação de nosso planeta e ganharemos qualidade de vida e uma existência mais consciente e equilibrada!

O que você pode fazer para evitar o aquecimento global

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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