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Covid-19: Os Yanomami não querem morrer!

Covid-19: Os Yanomami não querem morrer!

Os Yanomami não querem morrer mas eles estão correndo risco de genocídio…

A Indígena Yanomami tem, hoje, mais 20 mil garimpeiros que levam a Covid-19 para dentro da floresta e aldeias. Com a pandemia do novo coronavírus, esse problema histórico tornou-se uma crise humanitária e de saúde pública.

Para dimensionar o impacto da pandemia disseminada pelos garimpeiros, o ISA produziu um com a Universidade Federal de (UFMG), e revisão da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que aponta que 40% dos Yanomami que vivem próximos a zonas de garimpo podem ser contaminados. São mais de 5 mil pessoas, de um universo de cerca de 26 mil, que é a população total da Terra Indígena Yanomami.

Para evitar essa tragédia, o Fórum de Lideranças Yanomami e Ye’kwana lançaram a campanha #ForaGarimpoForaCovid.

Participe da campanha e assine a petição. Pressione o governo para uma ação de desintrusão, que retire os invasores do território. Essa medida é indispensável para que os Yanomami possam fazer o seu isolamento social, necessário para evitar a transmissão da Covid-19.  A doença já provocou três entre os Yanomami e há outros 44 casos confirmados entre os Yanomami e Ye’kwana.

A petição será enviada para Rodrigo Maia, Presidente da Câmara dos Deputados; Davi Alcolumbre, Presidente do Senado Federal; Eduardo Fortunato Bim, Presidente do IBAMA; Fernando Azevedo, Ministro da Defesa e Forças Armadas; André Mendonça, Ministro da e Pública; e General Hamilton Mourão, Vice-presidente da República.

Você também pode pressionar essas autoridades no Twitter e compartilhar a petição em suas redes, para que um número cada vez maior de pessoas se mobilize!

Você pode ajudar a impedir o genocídio Yanomami. Assine e compartilhe a petição, vamos juntos pressionar o governo e garantir a sobrevivência do Yanomami.

Você também poderá doar para esta causa aqui.

Fonte: ForaGarimpoForaCovid

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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