Pacto brasileiro pela restauração da Mata Atlântica é considerado referência pela ONU
O Pnuma, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, divulgou uma lista com 10 projetos de restauração de ecossistemas implementados mundo afora que considera referências nos trabalhos que fazem – e, além de ajudar na recuperação da biodiversidade global, têm potencial para direcionar outros países a fazer o mesmo.
Por Débora Spitzcovsky/The Green Post
Entre eles, está o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, firmado em 2009 por Brasil, Argentina e Paraguai, na intenção de promover esforços conjuntos para recuperar o bioma, reduzido a fragmentos por conta da exploração ilegal de madeira, do desmatamento, da expansão agrícola insustentável e do crescimento desenfreado dos centros urbanos, entre outros problemas.
O Pacto mantém uma série de iniciativas, das quais o Pnuma destacou quatro: os projetos de recuperação das populações de mico-leão-dourado e onça-pintada, atualmente ameaçados de extinção, a construção de corredores ecológicos para os animais transitarem sem riscos por áreas já invadidas pelo homem e uma iniciativa que visa tornar a Mata Altântica resiliente às mudanças climáticas.
Em 13 anos de atuação, o Pacto já garantiu a restauração de cerca de 700 mil hectares do bioma. A meta é de que, até 2030, 1 milhão de hectares sejam restaurados e, até 2050, 15 milhões.
Por ser agora considerado Referência de Restauração Mundial pelo Pnuma, a expectativa é de que o Pacto receba agora financiamentos e apoio técnico das Nações Unidas para ampliar ainda mais o impacto do seu trabalho.
Débora Spitzcovsky – Jornalista. Fonte: The Green Post. Este artigo não representa necessariamente a opinião da Revista Xapuri e é de responsabilidade da autora.