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PRESIDENTE JK: REENCARNAÇÃO DE UM FARAÓ EGÍPCIO?

Seria o presidente JK a reencarnação de um faraó egípcio?

Mesmo sendo uma cidade ainda muito jovem, além de sua arquitetura planejada, de seus ipês maravilhosos e do céu mais lindo do Brasil, em seus 62 anos Brasília já acumula muitas lendas, algumas assustadoras, outras simplesmente insólitas.

Por Redação Xapuri 

Uma delas – e uma das mais bizarras e extraordinárias – é a que coloca o ex-presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira como uma reencarnação do faraó Akhenaton (ou Amenothep IV), que viveu há cerca de 3.600 anos, no antigo Egito.

Diz a lenda candanga que, assim como a cidade de Akhetaton, construída por Akhenaton, nono rei da 13ª dinastia egípcia, para ser um centro político, Brasília também tem muitas pirâmides e formas similares em sua arquitetura.

Exemplos não faltam, como a Ermida de Dom Bosco, a Torre de TV e o Templo da Boa Vontade. O próprio Teatro Nacional, a maior pirâmide da capital federal, seria, segundo as teorias do misticismo, uma representação da Pirâmide de Kéops, também uma pirâmide sem ápice.

Uma das coincidências que reforçam a lenda é o fato de tanto o faraó Akhenaton como o presidente JK fizeram suas cidades em quatro anos, ambas com um lago artificial para amenizar a qualidade do ar, ambas em forma de um pássaro (ou avião, no caso de Brasília) e ambas divididas em asas, com os prédios administrativos longe da área residencial.  

Para completar, Akhenaton e JK faleceram exatos 16 anos depois da inauguração das lindas cidades que construíram. Seria então o presidente bossa-nova que construiu Brasília a reencarnação do próprio faraó Akhenaton do Egito antigo?  Haja imaginação!

O Governo JK

Juscelino Kubitschek assumiu a presidência em 31 de janeiro de 1956 e seu governo ficou marcado pela sua política desenvolvimentista, isto é, que incentivava o desenvolvimento econômico do país via industrialização. O político mineiro entendia que a modernização do país passava, essencialmente, pelo desenvolvimento industrial.

Para sustentar sua proposta desenvolvimentista, o governo JK organizou o Plano de Metas, um programa econômico que estipulava 31 metas para garantir o desenvolvimento econômico do Brasil. As áreas consideradas cruciais dentro desse plano eram energia, transportes, indústria de base, alimentação e educação.

Entre as prioridades, as áreas de alimentação e educação foram as que receberam a menor fatia dos recursos alocados para o Plano de Metas. A indústria de base, energia e de transporte receberam somas altíssimas de investimentos do governo, que construiu estradas pelo país, incentivou o desenvolvimento da indústria e ampliou o fornecimento de energia elétrica.”

PRESIDENTE JK: REENCARNAÇÃO DE UM FARAÓ EGÍPCIO?
Foto: Senado Federal

 

Os Últimos anos de Juscelino Kubitschek

Depois que seu mandato como presidente se encerrou, Juscelino prosseguiu na política, elegendo-se senador por Goiás. Ele continuava filiado ao PSD e obteve quase 150 mil votos na disputa eleitoral. Anos depois, silenciou-se e consentiu com o golpe militar, votando para a eleição indireta de Humberto Castello Branco, em abril de 1964.

Uma vez estabelecida a ditadura no país, a repressão se voltou contra o próprio Juscelino Kubitschek. O governo militar ordenou a cassação dos direitos políticos de Juscelino por 10 anos. O seu partido tentou reverter a situação, mas a repressão tinha vindo para ficar. Ainda em 1964, Juscelino Kubitschek decidiu mudar-se para a Europa.

Em 1966, ele aderiu à Frente Ampla, movimento encabeçado por Carlos Lacerda pela redemocratização do país. O movimento também contou com o apoio do ex-presidente João Goulart, derrubado pelo golpe em 1964. Em 1967, Juscelino retornou ao Brasil para atuar pela Frente Ampla, mas foi intensamente monitorado pelo governo militar.

Em 1968, a Frente Ampla teve sua atuação proibida pelo governo e Juscelino afastou-se definitivamente da política brasileira. Passou a atuar no ramo empresarial privado e teve uma morte polêmica em 22 de agosto de 1976, quando sofreu um acidente de carro na Via Dutra. Investigações posteriores foram realizadas sobre a morte do ex-presidente.

A Comissão Nacional da Verdade concluiu, em 2014, que a morte de JK foi acidental, mas membros da Comissão Municipal da Verdade de São Paulo concluíram o oposto e afirmaram que Juscelino Kubitschek foi morto pela ditadura. Já a Comissão da Verdade em Minas Gerais concluiu que é bastante provável que JK tenha sido assassinado pela ditadura.

Como pode ser percebido, a morte de Juscelino Kubitschek é ainda marcada por um grande suspense, uma vez que não existe uma resposta conclusiva que explique o acidente de carro que ocasionou a sua morte.”

PRESIDENTE JK: REENCARNAÇÃO DE UM FARAÓ EGÍPCIO?
Foto: Toda Matéria

 

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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