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RANDOLFE RODRIGUES: VOLTEI!

Randolfe Rodrigues: Voltei! 

Voltei! Voltei porque aquele sonho que nasceu no meu coração de menino continua vivo. 

Foi aqui que vi a prática das teorias que tanto li nos livros.

Foi aqui que vi um homem pobre, retirante nordestino, trabalhador, metalúrgico, lutador, se tornar o  maior líder mundial.

Foi aqui, com Lula, que entendi que é possível construir um país mais justo, que olha e escuta os que mais precisam, que respeita e que trata o com dignidade e .

Voltei porque entendi que não posso esquecer de onde vim. Que aqui sou instrumento da mudança que quero para o Brasil e para o Amapá. 

Voltei porque é aqui que Lula está e é ao seu lado que vamos fazer do Brasil o sonho que sonhamos desde

RANDOLFE RODRIGUES: VOLTEI!
O senador Randolfe Rodrigues (AP) se filiou novamente ao Partido dos (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da – Foto: Ricardo Stuckert/PR

RANDOLFE RODRIGUES VOLTA AO  PT 

Senador iniciou sua trajetória partidária no PT, no qual ficou de 1990 a 2005. Em meio à debandada de lideranças petistas após o escândalo do mensalão, ainda no primeiro mandato de Lula, Randolfe deixou o partido em 2005

Por  Fábio Matos/via Agência Brasil
 
O senador Randolfe Rodrigues (AP), que estava sem partido desde o ano passado, quando deixou a Rede , está de casa nova. Na verdade, nem tão nova assim. O parlamentar se filiou, nesta quinta-feira (18), ao , retornando à legenda após 19 anos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou a ficha de filiação de Randolfe ao partido, no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF). O senador é o líder do governo no Congresso Nacional.

Além de Lula, participaram do ato a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann; o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT-SP); e a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, também filiada à sigla.

Randolfe Rodrigues iniciou sua trajetória partidária no PT, no qual ficou de 1990 a 2005. Em meio à debandada de várias lideranças petistas após o escândalo do mensalão, ainda no primeiro mandato de Lula na Presidência da República, o hoje senador deixou o partido em 2005 rumo ao recém-fundado PSOL. Foram 10 anos de militância na legenda.

Em 2015, Randolfe se filiou à Rede Sustentabilidade, partido criado pela atual ministra do e Mudança do , Marina Silva. Em 2023, após divergências internas com a direção da legenda, o parlamentar deixou a Rede.

Randolfe Rodrigues é senador pelo do Amapá desde 2011 – foi eleito em 2010 e reeleito em 2018. Antes de chegar ao Congresso Nacional, ele foi deputado estadual pelo Amapá, entre 1999 e 2007 – eleito em 1998 e reeleito em 2002.

Apesar de representar o Amapá no Congresso Nacional, Randolfe nasceu em Garanhuns, no estado de Pernambuco, mesma cidade de Lula. O senador tem 51 anos.

RANFOLFE RODRIGUES: VOLTEI!
Senador Randolfe Rodrigues – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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