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Redes sociais: Um perigo emocional

Redes sociais: Um perigo emocional

Ao longo dos últimos anos, diversos estudos têm vinculado o uso das  redes sociais a maiores níveis de depressão, ansiedade e isolamento.

Um publicado recentemente da BMC Public Health analisou o comportamento de crianças de 10 anos que usavam redes sociais com frequência. Segundo os autores, o uso das redes sociais “pode acarretar um impacto negativo no bem-estar das crianças quando forem adolescentes e talvez até como adultos”.

Resultados de uma pesquisa da Universidade de Pittsburg revelaram que as redes sociais aumentam a incidência de ansiedade e depressão entre usuários. Pessoas que checavam suas redes sociais durante várias vezes ao dia tiveram um risco duas vezes maior de ficarem deprimidos do que pessoas que não davam tanta importância ao universo virtual.

Em parte, isso pode ser devido ao fato de que usuários são bombardeados com mensagens e notificações, gerando uma demanda constante de agir ou responder e contribuindo para um aumento sutil, porém significante, de estresse contínuo.

Segundo o mesmo estudo, essas plataformas, se usadas com moderação, podem ser ótimas ferramentas para aumentar a conectividade entre as pessoas. Entretanto, na maior parte das vezes, o uso exagerado delas contribui para o oposto: sensações de solidão e isolamento.

Isso não deveria nos surpreender, porque grande parte das conexões realizadas são superficiais e não contribuem para a mental dos indivíduos. Em vez de receber um feedback honesto ou um elogio sincero sobre determinado comportamento ou conquista, a pessoa recebe, na maioria das vezes, uma mensagem diluída, geralmente apenas um emoji.

Os pesquisadores alertam que as redes sociais não conduzem a ações sociais capazes de melhorar o bem-estar mental, aumentar níveis de dopamina no cérebro e produzir sensações de acolhimento, prazer, e de pertencimento à sociedade.

Não estão presentes nas relações virtuais elementos como contato visual, linguagem corporal, nuances do tom de voz e contato físico. Em consequência, com o excesso de imersão em redes virtuais de relacionamento, esquecemos muitas vezes a interação verdadeira, a vivência e a convivência como seres humanos, que se configura pelo compartilhamento de emoções.


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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