Represas na Bacia do Alto rio Paraguai: um desastre anunciado
A construção de Usinas Hidrelétricas (UHEs) e as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) há muito tempo faz parte da estratégia de expansão da matriz energética brasileira, sua expectativa de crescimento está claramente evidenciada no Plano Nacional de Energia. Tal fato, em partes, se deve à ideia controversa de que estes empreendimentos são fontes limpas de geração de energia, causando impactos insignificantes.
Por Ecoa/Redação
Em função disso, o Brasil tem flexibilizado as normas ambientais e concedido incentivos financeiros com o objetivo de facilitar e agilizar a implantação de empreendimentos deste segmento em todo país. A borda da Bacia hidrográfica do Alto Rio Paraguai (BAP), onde está inserida a maior planície inundável do planeta, o Pantanal, é um destes territórios tidos como prioritários para a instalação das PCHs e UHEs.
- Dados como a localização e o potencial de geração de cada empreendimento podem ser acessados em mapa interativo feito pela Ecoa.
Hoje já existem 38 empreendimentos em operação na BAP e a previsão é de que mais 94 outras barragens sejam instaladas nos próximos anos. Apesar da imagem limpa, estas barragens alteram consideravelmente o ambiente onde são inseridas e geram impactos imensuráveis não só no campo ambiental e social, mas também, se tratando do Pantanal, no campo econômico.
Visualizar mapa na tela inteira
Os dados – O mapa das Represas na Bacia do Alto Paraguai (BAP) foi elaborado a partir de dados oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), do Sistema de Informação Georreferenciada do Setor Elétrico (Sigel) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Pesquisa – Silvia Santana Desenvolvimento do mapa – André Restel, Iasmim Amiden, Rafael Chiaravalloti e Silvia Santana.
Fonte: Ecoa. Foto: Arquivo/Ecoa. Este artigo não representa a opinião da Revista e é de responsabilidade do autor.