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Sintego em luta contra propostas prejudiciais aos servidores da Educação

Sintego em luta contra propostas prejudiciais aos servidores da – 2019,  já iniciamos o ano lutando contra propostas prejudiciais aos servidores da Educação

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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (SINTEGO) já começa o ano de 2019 dando continuidade à luta que sempre realizou para garantir os direitos dos trabalhadores, especialmente os da Educação.

Infelizmente, o momento atual é de incertezas, pois o novo governador, Ronaldo Caiado (DEM), recém-empossado, chegou ao Governo com práticas velhas e ainda não efetuou o pagamento dos salários de dezembro/18.

A situação econômica do Estado de Goiás está calamitosa, o que não é novidade, já que foram feitos diversos alertas sobre os riscos de isenções fiscais e como isso poderia prejudicar o pagamento dos servidores estaduais.

Como integrante do Fórum em Defesa dos Servidores Públicos do Estado de Goiás, o SINTEGO abriu no dia 3 de janeiro o seu calendário de lutas, participando de uma primeira reunião com Ronaldo Caiado, para a cobrança do pagamento da folha em atraso

Após mais de uma hora e meia de espera, os representantes sindicais foram atendidos pelo governador a portas fechadas e tiveram os celulares recolhidos na entrada da audiência. Foi então que o governador, acompanhado do seu secretariado, anunciou sua proposta de parcelamento do pagamento do salário dos trabalhadores da educação em até oito vezes.

Depois de uma longa conversa, o Fórum foi informado de que o governo anterior não empenhou o pagamento de dezembro/18, o que implica convocação extraordinária da Assembleia Legislativa para aprovar este orçamento. Além disso, segundo a secretária da Fazenda, Cristiane Schmidt, o pagamento integral só poderá ser feito se houver ajuda do Governo Federal.

O SINTEGO é e sempre foi contrário ao parcelamento do salário e vai continuar trabalhando para que isso não ocorra, não prejudique os servidores já tão calejados por terem que cobrar o que é de direito.

A proposta de parcelamento foi categoricamente rejeitada pelo Fórum. Não tem acordo com essa proposta. Não é possível pedir para que os servidores e as servidoras façam mais sacrifícios do que já têm feito.

A nossa preocupação é com o servidor. As categorias estão muito ansiosas em relação a esse pagamento. O Fórum fez questão de dizer ao Ronaldo Caiado que quer uma mesa permanente de diálogo com o governo, para que se discuta não somente a questão salarial, mas também as aposentadorias, o IPASGO e tantos outros pontos que são comuns a todos os sindicatos”, afirmou a presidente do SINTEGO e coordenadora do Fórum, Bia de Lima, no dia da reunião.

Antes mesmo de tomar posse como governador, Ronaldo Caiado já defendia que o pagamento da folha de janeiro/19 fosse efetuado de forma prioritária, o que vai contra o pensamento das entidades, que julgam o pagamento de dezembro uma questão de sobrevivência, e exigem que seja efetuado.

Não concordamos com o parcelamento de salário, nem de dezembro e de nenhum outro mês, mas queremos continuar dialogando para construir uma coisa que possa ser possível para o governo e para o servidor, que é a nossa preocupação. Definitivamente, nossas entidades não deixarão de cobrar os salários atrasados”, completou Bia de Lima.

O SINTEGO, assim como as demais entidades, está aberto ao diálogo e continuará defendendo o pagamento integral dos servidores, assim como a realização de concursos públicos e a organização dos profissionais para que o ano letivo comece sem nenhum professor a menos. O sindicato também manterá a atualização de seus filiados e a da sociedade goiana sobre os próximos passos da negociação por meio de seu site: www.sintego.org.br.

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BiaBia de Lima
Educadora Presidenta do Sintego

Fotos: Acervo Sintego


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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