Um salve de despedida para o grande Lhé, revolucionário acreano!

Um salve de despedida para o grande Lhé, revolucionário acreano!

Por Zezé Weiss
 
Do Acre, o Lhé sempre foi uma pessoa que eu passei anos querendo conhecer. Sabia da militância do Lhé, da generosidade do Lhé, do desapego do Lhé, das convicções políticas do Lhé, do saber profundo do Lhé, da amizade do Lhé com o Chico Mendes, mas nada de me encontrar pessoalmente  com Abrahim Farhato Lhé.
 
Em 2008, quando passei um tempo no Acre pra escrever o livro Vozes da Floresta , a biografia coletiva do Chico Mendes  que tive o imenso privilégio de organizar para o Conselho Nacional dos Seringueiros, hoje Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), a Coordenação das Organizações Indígenas do Brasil (Coiab) e o Grupo de Amazônico (GTA),  Marcos Jorge Dias e  Júlia Feitoza Dias fizeram o encontro acontecer.
 
Nos conhecemos em um daqueles finais de tarde calorentos de Rio Branco. Júlia, Raimunda Bezerra e Manoel Eustébio se juntaram a nós em um banco de madeira no quintal do Centro dos da Amaônia (CTA), onde também funcionava o Comitê Chico Mendes. Um pouco mais tarde,  o Guma (Gomercindo Rodrigues) também passou por lá. Marcos Jorge documentou o bate-papo com algumas fotos, que já não sei por onde andam.
 
Era pra gravar com o Lhé a entrevista pro livro do Chico bem rápido. Mas o encantamento foi tanto que demorei para engatar. Passei horas de boca aberta, só ouvindo os causos do Lhé, sorvendo cada pensar que saía daquele cérebro iluminado de  uma das pessoas mais engajadas e mais sábias que essa minha de militante me permitiu conhecer. Quando, finalmente, ligamos o gravador, o Lhé fez um dos depoimentos mais lindos do livro (que reproduzo aqui, um pouco mais abaixo).
 
Em julho de 2016, encontrei uma mensagem do jornalista Élson Martins,  companheiro e membro do Conselho Editorial da Xapuri,  dando notícias do Lhé: Abrahim Farhat, o Lhé dos acreanos, militante histórico do PT e de todos os movimentos populares de esquerda (ou não) que acontecem no Acre, está acamado desde janeiro deste ano com doença grave (…)  Faz três hemodiálises por semana e toma medicação pesada. Recentemente, nosso velho guerreiro estava se entregando, fugindo da hemodiálise, parando de comer e de tomar os remédios em casa (…) Solidário, Elson mobilizou meio pra ajudar a tirar o amigo da letargia. 
 
Depois disso, Lhé foi melhorando. Da cama, continuou militando, protestando, denunciando, fomentando a resistência. Enquanto pôde, Lhé foi exemplo de luta, foi estrela-guia da esperança, foi Arapari (aquele que mostra caminhos).
 
Daqui do Goiás, nesses últimos quatro anos acompanhei, via Júlia, as pioras do Lhé,  as melhoras do Lhé, os embates do Lhé com as comorbidades. Com o tempo, durante uma enfermidade longa, a gente acaba acreditando no atraso da “indesejada das gentes.” Até que um dia, do nada, como nessa manhã chuvosa, chega o baque. Abrahim Farhat, o Lhé dos acreanos, partiu do espaço físico deste mundo neste 16 de maio de 2020, aos 78 anos de idade.
 
O Brasil e o Acre, em comoção, fazem justas homenagens ao camarada revolucionário, companheiro de Chico Mendes, fundador do PT, amigo do Lula, defensor intransigente da democracia, dos direitos humanos, das minorias oprimidas, da Amazônia e dos Povos da Floresta.
 
A Embaixada da Palestina no Brasil emitiu nota de pesar. O governador do Acre emitiu nota de pesar. O PT emitiu nota de pesar. O Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) emitiu nota de pesar. O Lula mandou mensagem gravada. Entidades diversas do movimento social emitiram notas de pesar. A companheirada, entristecida, postou fotos e mensagens na página do Lhé no Facebook.
 
De minha parte, faço minha homenagem a este valente guerreiro, imprescindível na trajetória de nossa história de lutas, compartilhando com vocês o depoimento do Lhé para o livro Vozes da Floresta.  É um pouco longo,  mas é emocionante, lindo como o exemplo de vida que ele nos deixa. Dá uma olhada!
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DEPOIMENTO DO LHÉ PARA O LIVRO VOZES DA FLORESTA 
 
Conheci o Chico em 68, quando fui candidato a presidente da Casa do Estudante Acreano (CEA), com apoio do Grupo de Elevação Sociocultural (Gesca), composto por militantes católicos vinculados à Teologia da Libertação.
 
O Gesca funcionava no Palácio do Bispo, dom Giocondo Maria Grott (morto em 1971, num suspeito desastre de avião), um bispo progressista, que lutava pelos direitos humanos e que fez a opção de ajudar a organizar os oprimidos naquele tempo difícil do regime militar. 
 
Eu saí candidato e fui pra Xapuri atrás de apoio para a minha candidatura. Foi nessa viagem, lá em Xapuri, na Casa Zaire, que eu me encontrei com o Chico Mendes pela primeira vez.  Fui apresentado ao Chico pelo dono da loja, o Zaire, e por um gerente dele, o Sabiá.
 
Nessa época o Chico, que trabalhava de comerciário na loja do Zaire (sem carteira assinada, eu acho, porque ninguém assinava carteira naquele tempo) já era um ativista conhecido na região. Eles me apoiaram, e eu segui com a campanha, só ganhando em Xapuri e em Rio Branco, com larga maioria de votos. Nos outros municípios eu perdi feio, porque os diretores de fizeram campanha contra, dizendo que eu era apoiado por um bispo vermelho e pelos comunistas.
 
Mas o bom dessa história foi que eu conheci o Chico, com quem depois voltei a me encontrar em 1975 e de quem me tornei amigo para toda a vida. Falando dessas coisas e revendo as fotos daquele tempo, eu fico pensando que a gente, de fato, era muito amigo mesmo.
 
Em 82, foi quando militamos juntos pela primeira vez, como candidatos do PT, eu a senador, e ele a deputado estadual. Daquele PT que surgia com um partido de esperança para o povo que, antes, tinha medo do que era para libertá-lo.  Aí vem o Chico Mendes , que é parte desse movimento que cria o PT, que eu apoiei e apoio,  porque é um partido no qual o próprio trabalhador começa a se tornar sujeito da sua história.
 
Antes disso, mesmo o Chico sendo do PRC (Partido Revolucionário Comunista), e eu mais próximo do Igreja, a gente se dava muito bem, e eu sempre tratava de ajudar a resolver os problemas dele. Em 80, quando foi para trazer o José Genoíno para o Acre, ele veio falar comigo para eu entrar na cota da passagem.
 
Eu disse: “Chico, você está maluco, se o Nilson Mourão souber disso, estamos os dois enrolados!”. Acabei ajudando. Mesmo sendo do PRC, ele sempre dava um jeito de se arrumar com a Igreja, com os padres e comigo. Eu não estou dizendo que, por insistência dele, ajudei a pagar a passagem do Genoíno?
 
O Chico foi o primeiro presidente do PT, o primeiro presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) aqui no Acre, talvez porque ele soubesse se mover dentro de todas as tendências da esquerda sem dar muita bola para o o sectarismo delas. Eu comungava com ele e com o Dom Moacir Grecci essa ideia de que as amizades, as relações humanas são muito mais importantes.
 
O Chico dizia pra gente que era preciso sair do umbigo, falar com todo mundo; que precisávamos, pelo nosso exemplo, superar esse defeito da esquerda, desde que a gente não saísse da ética. Uma história que o Chico viveu e deixou ele danado foi quando a meninada da Liberdade e Luta (Libelu), por não compreender o povo como um todo, resolveu banir Jesus Cristo e a Virgem Maria da vida dos candidatos do PT.
 
O Elias Rosendo, um camarada igrejeiro, um companheiro da luta, que era candidato a vice-governador, chegou numa reunião com o pessoal da Libelu e disse: “Chico, assim não dá. Eu, a primeira coisa que faço quando acordo é rezar pra Virgem Maria, e a última que faço antes de dormir é rezar pra Nosso Senhor Jesus Cristo, agora vem esses frangalhos e querem que renegue a minha fé, a minha cultura, a minha identidade!”. Como, eu não sei, mas o Chico enquadrou os orgânicos dele, e a gente continuou na campanha fazendo as rezas de sempre.
 
Porque o Chico era de acreditar em muita coisa e, se não acreditava, não desrespeitava. Uma semana antes de ele morrer tem uma gravação com ele rezando, como se fosse católico praticante, porque ele sempre teve a Igreja como aliada e as rezas como parte da cultura do seringueiro.
 
O Chico era assim, o precursor de uma esquerda moderna, sem rancor, que trabalhava bem com a diferença. A gente Às vezes conversava sobre isso, e eu contava pra ele da frase do Graciliano Ramos, que dizia que a esquerda só se une na cadeia. Chico dizia: “É, mas a gente vai ter que mudar isso aqui no Acre.” A visão futurista que o Chico tinha era de uma esquerda laica, moderna, solidária e amorosa.
 
O Chico gostava muito de festa, mas era tímido para dançar. Eu não sei se ele era tímido, ou se evitava dançar para não se envolver com as , ou se era em respeito aos valores locais, mas o fato é que a gente ia a muita festa junto, e ele sempre dançava pouco.
 
Em 82, a gente foi a um adjunto [mutirão], lá perto da colocação do Raimundo Barros, distante uns 21 Km de Xapuri. A gente andava era a pé mesmo, ou por falta de grana ou por falta de estrada. Eu disse: “Chico, você sabe, eu sou urbanoide, eu não dou conta de andar no mato com essa pressa toda”. Em vez de fazer a viagem nas sete horas que ele fazia, a gente chegou em 11 horas.
 
Chegamos na colocação da Mariazinha e do Raimundo, e a casa já estava cheia. A gente dormiu nos bancos mesmo, e foi um dos melhores sonos da minha vida, porque depois de caminhar um dia inteiro, qualquer banco de paxiúba parece um colchão sono-leve.
 
No outro dia, fomos para um adjunto numa colocação que ficava a uma hora caminhando dentro da mata. Ali eu vi a beleza do PT. Passamos o dia num adjunto, onde fomos brocar o roçado para plantar o arroz e o feijão que, quando colhidos, seriam doados  para a campanha do PT.  Nós passamos o dia trabalhando com cerca de 50 a 80 seringueiros, entre mulheres e homens.
 
Ao entardecer paramos, tomamos banho numa vertente de uma água muito fria e fomos fazer uma reunião político-partidária. Depois da reunião, começou o forró. Cada trabalhador trouxe uma caça – paca, tatu, capivara, anta -, e a festa começou.
 
Eu querendo dançar, o Chico só observando. Comecei dançando com uma senhora idosa que me largou no meio da dança dizendo que comigo não dançava mais porque eu rebolava muito. E assim foi a noite inteira, eu querendo dançar, e as mulheres me refugando.
 
Passamos o dia trabalhando, a noite dançando e, de madrugada, fiquei emocionado de novo com a força do PT como partido de massas, que depois vira um Chico Mendes, uma Marina, um Lula, o PT tinha isso. Foi quando, depois de um fausto café com de castanha, cuscuz e farofa de caça, vi um índio amigo do Chico dizer: “Che, eu já vou.”
 
Aquele índio, que já ia com a mulher dele e com seus cinco filhos, tinha passado o dia todo trabalhando, a noite toda dançando e àquela hora – de seis pras sete da manhã – dizia que ia porque ainda tinha que andar 12 horas floresta adentro pra chegar na sua aldeia, mal descansar e sair pra mata  em busca do seu sustento. Ali estava o fermento da massa! É nisso que a gente acreditava quando andava fazendo o PT em forrós, em reuniões, em rezas e aniversários.
 
No dia seguinte, de volta na estrada, o Chico me disse: “Lhé, as mulheres não gostaram muito de ti, não”. Eu disse: “Mas Chico, por quê?” E ele: “Elas estavam dizendo que tu é muito entrão,  que tu, em vez de ficar lá fora com os homens, estava é chegando na porta do quarto delas”. Eu disse: “Chico, mas eu  só fui lá perguntar pra Mariazinha se elas queriam ajuda para lavar a louça, que era muita” E o Chico: “Lhé, elas não gostaram disso também não”.
 
Eu: “Mas Chico, a Mariazinha é uma companheira evoluída, ela faz parte da militância, era justo eu lavar parte da louça”. Ele me olhou de lado e disse: “Elas não gostaram de ti não”.  Nessa conversa maluca ele me falou, sem dizer,  que eu estava errado. Esse era o jeito do Chico. Ele nunca criticava. Ele nunca criticava ninguém diretamente, ele sempre colocava o fato e deixava você fazer sua reflexão.
 
No ano de 84, a coisa estava feia, e o PT decidiu que o Chico precisava de segurança. Sem dinheiro, foi decidido, também, que os próprios companheiros é que iam fazer a segurança dele. Fui  escalado de guarda-costas. Um companheiro nosso que já morreu, o Hélio Pimenta, me forneceu um revólver 38, um Smith Oeste americano.
 
Eu enfiei esse Smith Oeste numa capanga Kaxinawá muito bonita que eu tinha e fui pra Xapuri. Um dia, estávamos na rodoviária de Xapuri, eu com o revólver na capanga, conversando com o Chico, e eu não sei se, só de cisma, eu achei que o pistoleiro estava vindo.
 
Aí eu disse: “Chico, eu não sou de dar tiro, eu não sou de matar ninguém, pra não ter que fazer isso, é o seguinte: se a turma aparecer, eu corro pra um lado, e você corre pro outro. Assim a gente confunde eles. E a gente se encontra lá em Rio Branco”. O Chico morreu de rir.
 
Outra coisa muito bonita do Chico era o seu compromisso com os princípios ideológicos. Um dia eu estava aqui em Rio Branco, tentando ganhar a vida na minha loja, quando chega o Chico com uma carta convidando ele pra visitar Israel. Ele me perguntou: “Rapaz, eu vou ou não?
 
Se fosse hoje, eu dizia: “Claro, Chico, vai lá e fala que você está indo a Israel porque acredita na paz e que a visita é também pra pedir que Israel reconheça o Palestino, conforme estabelecido na Lei da Partilha que a ONU fez  em 1947, e que até hoje não foi cumprida”.
 
Mas naquela época o sectarismo falou mais forte, e eu disse pra ele não ir. Na carta que o Chico mandou pra Embaixada de Israel em Brasília agradecendo o convite, ele explicou que tinha muito respeito pelo povo de Israel, mas que não ia em respeito aos direitos do povo palestino.
 
O Chico não foi pra Israel, mas acabou viajando logo depois para os ,  e eu pedi pra ele trazer pra mim uma manta da Pan Am [Pan American World Airways], daquelas que eles dão para dormir no avião. Ele me perguntou se não era proibido pegar a manta, e eu disse que não, que aquilo era brinde promocional, pra empresa ficar conhecida.
 
Eu não sei se ele acreditou ou não, mas o fato é que quando chegou de viagem ele foi lá na minha loja e disse: “Lhé, tá aqui a sua manta da Pan Am”.
 
“AS PESSOAS NÃO MORREM. APENAS FICAM ENCANTADAS.” #LheVive
 
Foto de capa: Altino Machado. Foto interna: Lhé
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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