Escola Classe 415 Norte, Plano Piloto, Brasília, DF, Brasil 19/4/2018 Foto: Tony Winston/Agência. Alunos do quarto ano da Escola Classe 415 Norte, no Plano Piloto, tiveram uma tarde de conscientização ambiental nesta quinta-feira (19). A iniciativa faz parte de um conjunto de ações que visam minimizar e controlar os impactos ambientais da construção do Trevo de Triagem Norte. Os 26 estudantes da turma participaram de oficina de origami, pintura de rosto e palestra sobre recursos naturais, como o ar e o solo, e sobre a importância do uso racional da água. O supervisor ambiental da STE, empresa fiscalizadora da obra do Trevo de Triagem Norte, Ruy Tolentino.
Escola Classe 415 Norte, Plano Piloto, Brasília, DF, Brasil 19/4/2018 Foto: Tony Winston/Agência. Alunos do quarto ano da Escola Classe 415 Norte, no Plano Piloto, tiveram uma tarde de conscientização ambiental nesta quinta-feira (19). A iniciativa faz parte de um conjunto de ações que visam minimizar e controlar os impactos ambientais da construção do Trevo de Triagem Norte. Os 26 estudantes da turma participaram de oficina de origami, pintura de rosto e palestra sobre recursos naturais, como o ar e o solo, e sobre a importância do uso racional da água. O supervisor ambiental da STE, empresa fiscalizadora da obra do Trevo de Triagem Norte, Ruy Tolentino.

Infectologista questiona volta às aulas no DF

Infectologista questiona volta às aulas no DF

Bernardo Wittlin afirma que o retorno de 100% das atividades presenciais ainda é um risco neste momento pandêmico

Por Roberta Quintino/Brasil de Fato

No Distrito Federal, o retorno integral das aulas presenciais ainda é tema divergente entre o governo da cidade e profissionais da educação. O Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) questiona a decisão do governador Ibaneis Rocha (MDB), que determinou a volta de 100% das atividades escolares com pouco mais de 30 dias para o fim do ano letivo.
Em nota, a entidade sindical destaca preocupação com a manutenção das medidas de segurança sanitária no retorno das aulas na modalidade presencial. Em assembleia virtual realizada na quinta-feira (11), os professores decidiram decretar estado permanente de mobilização, tendo como principal pauta a defesa da vida.

Infectologista defende cautela 

O infectologista Bernardo Wittlin ressalta que a situação epidemiológica atual do país é positiva, com queda sustentada de casos, hospitalizações e mortes de um lado, e crescente cobertura vacinal de outro. No entanto, ele alerta que “há ainda o risco de que, num cenário de flexibilizações das restrições sanitárias e sociais, haja reversão das curvas atuais”.
Para Wittlin, o risco pode ser maior quando as flexibilizações são bruscas, “o que poderia redundar em repiques de casos em determinadas localidades. Isso vale para as comunidades escolares por ocasião do retorno às aulas presencias”, diz. “Devemos ressaltar que as crianças abaixo de 12 anos ainda não estão contempladas pelo plano de vacinação e que a cobertura entre adolescentes ainda é limitada, o que torna o espaço de socialização das escolas mais vulnerável”.

De acordo com o infectologista, enquanto a vacinação não alcançar a maior parte das crianças e adolescentes, deve-se seguir com formas de restrição e vigilância dentro do ambiente escolar. “Isso inclui menor número de alunos por sala, distanciamento físico, formato híbrido de ensino, entre outros. Ainda experimentamos um momento epidemiológico delicado, em busca de um equilíbrio igualmente delicado” acentua.

Secretaria de Educação

O Sinpro-DF informou que em reunião com representantes da Secretaria de Educação, “frente a uma postura intransigente do Governo do Distrito Federal”, conseguiu garantir que as salas de aula comportem apenas o número limite de estudantes, considerando o distanciamento de 1 metro entre eles, o que reduziria os riscos de contaminação da covid-19.

Wittlin salienta que há inegáveis prejuízos pedagógicos, psicológicos e sociais relacionados ao afastamento prolongado das crianças das escolas, por outro lado, há os impactos sobre a saúde decorrentes da pandemia. Contudo, se as instituições “não puderem garantir salas com números reduzidos de alunos e distanciamento, o retorno de aulas na modalidade 100% presencial traz um risco considerável” conclui o infectologista.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal comunicou em 4 de novembro, um dia após a retomada das aulas, que estava resolvendo questões de superlotação nas salas de aula e o excesso de matrículas em algumas escolas.

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!