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40.04: duas mulheres ansiosas

40.04: Um espetáculo de duas mulheres ansiosas

40.04: Um espetáculo de duas mulheres ansiosas é gratuito. Apresenta a dança contemporânea protagonizando a ansiedade de duas mulheres durante o Isolamento social, e as saídas que elas encontraram.

O conta com o apoio do Fundo de Apoio a (FAC), e chega ao público gratuitamente e disponibilizado por meio do Sympla, em seis sessões nos dois últimos fins de semana de janeiro. 

40.04 é uma obra no imaginário de duas em isolamento social que procuram se conectar com seus espaços internos e externos, vivendo a dualidade do não contato e da necessidade dele. O roteiro perpassa situações vividas por essas mulheres, misturando angústias e ansiedades que invadem o espaço de seus corpos e onde vivem.

Se propõe um olhar sensível ao isolamento social, com um caminho para solução das angústias: o mover e a conexão entre as pessoas. O projeto busca ser um alívio para outras pessoas na mesma situação, com o olhar direcionado ao público jovem-adulto – que segundo a Organização Mundial da são os que mais sofrem com o transtorno de ansiedade, assim como o maior índice de suicídio e depressão. Doenças estas que podem ser agravadas em situações extremas como a que vivemos.

A semente do projeto nasceu em abril de 2020, em meio as inquietudes trazidas pela pandemia. A equipe buscou trazer visibilidade a uma temática que nem sempre é respeitada e considerada socialmente, as doenças mentais. Em meio a toda agonia desse , o tema pareceu fundamental e merecedor de um primeiro plano, pois só quando reconhecidas essas doenças podem ser tratadas.

A essência de 40.04 é educacional, pois as duas idealizadoras trabalham com , e viram na criação do espetáculo a possibilidade de viabilizar o acesso a duas temáticas fundamentais de discursão nas escolas: A saúde mental e a própria Quarentena. O espetáculo acaba sendo referência histórica sobre esse tempo, apesar de ser um tema ainda tão presente.

Outra grande preocupação é na , serão disponibilizadas versões com tradução em libras, em Áudio-descrição e também em cores adaptadas para os Daltônicos. A Arte é uma ferramenta fundamental na educação e mostra a sua importância e necessidade de expansão, especialmente em tempos difíceis.

Este projeto é uma colaboração entre as bailarinas brasilienses Ana Julia Paiva, Anna Carolina Uchôa, e o produtor audiovisual Nathan Nascimento. A equipe pequena, respeitando as normas da pandemia, compensou o número com muita dedicação, e todo trabalho só foi possível por conta do patrocínio do Fundo de Apoio a Cultura do Distrito Federal (FAC), por meio do edital FAC Apresentações On-line.

O espetáculo é gratuito e acontecerá no YouTube, proporcionado em datas diferentes, 29, 30 e 31 de janeiro, com uma sessão por dia, sempre às 20h. Para retirar o ingresso é só acessar no Sympla e escolher a data que mais te agrade.

Ingressos: https://www.sympla.com.br/urlAlias/render?alias=quarenta04

Para mais informações acompanhem as redes Instagram: @quarenta.04 e Facebook: 40.04

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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