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9/11: dia internacional contra o fascismo

9/11: dia internacional contra o fascismo e o antissemitismo

9/11: dia internacional contra o fascismo e o antissemitismo

9/11: dia internacional contra o fascismo
Protesto contra o fascismo na Itália, década de 60. Foto: Reprodução da Internet.

“Lutar contra o fascismo não é radical, é necessário” – escreve o site DayAgainstFascism.eu, que atesta a importância da luta e organiza campanhas antifascistas na Europa. A data 9 de novembro foi estabelecida pelo Parlamento Europeu como Dia Internacional contra o Fascismo e o Antissemitismo, a fim de combater a intolerância e os discursos autoritários dentro dos países da União Europeia.

O dia foi escolhido devido à sua carga histórica: em 9 de novembro de 1938, ocorreu a “Kristallnacht” (Noite dos Cristais) na Alemanha, que representou os primeiros passos da perseguição aos judeus pelos nazistas. A data ficou assim conhecida devido à imensa quantidade de vidros quebrados que cobriam as ruas nas cidades. Nesta noite, tropas alemãs destruíram mais de 8000 casas e lojas judias, incendiaram sinagogas e atacaram judeus por todo o país.

Após esse ato de perseguição, as autoridades não se manifestaram contra os ataques: o Holocausto tomava forma. A discriminação e exclusão aos judeus tornou-se uma responsável pelo extermínio de 6 milhões, além da tortura e prisão de um número ainda maior. Além disso, o regime nazista também aprisionou em campos de concentração aqueles considerados subversivos e ameaçadores do estado, como opositores, comunistas e minorias étnicas das regiões dominadas.

As Leis de Nuremberg, propostas em 1935, já haviam determinado o antissemitismo nos códigos alemães. Sob o discurso de defesa da “honra e do sangue alemão”, os semitas tiveram sua violada pela própria lei nacional. Nesse sentido, é importante perceber que toda essa barbárie foi determinada legalmente e que grande parte da sociedade alemã também participou e compactuou com as ações de intolerância. O discurso de ódio e a propaganda nazifascista, que propagou preconceitos por toda a Europa, foram instrumentos necessários para a ocorrência desse genocídio. Dessa forma, a luta contra o fascismo não pode ser nunca relativizada. É necessário combatê-lo em sua origem, em sua raiz.

9/11: dia internacional contra o fascismo
Campanha do site DayAgainstFascism. “Essa máquina pode matar o fascismo”, referindo-se à voz popular.

Em tempos em que se percebe a replicação de discursos preconceituosos e opostos aos , é preciso olhar para o passado. E não só no dia de hoje. Porque não se pode esquecer tudo o que foi realizado em nome do progresso, em nome da defesa da família e em nome da pátria. Não se pode relativizar todo o extermínio realizado por regimes fascistas até o dia de hoje. Não se pode esquecer todas as barbáries cometidas. E principalmente, não se pode permitir que elas sejam realizadas novamente.

ANOTE AÍ

Fonte: ANF – Agência de Notícias das Favelas

Uma resposta

  1. A GRANDE QUESTÃO DA HUMANIDADE HOJE NÃO É MAIS O ANTISEMITISMO E NEM O FASCISMO. A INSISTÊNCIA NESTA AFIRMAÇÃO É APENAS P/MANTER UMA CORTINA SOBRE A MAIOR AMEAÇA DE TODOS OS TEMPOS À HUMANIDAD E À PAZ NO MUNDO INTEIRO: O SIONISMO.
    ONDE HOUVER O QUE TIRAR DE ALGUÉM, DE ALGUM LUGAR, ELES APARECEM C/ SUA FORMA SUBREPTÍCIA DE USURPAR, PORQUE DEUS LHES TERIA DADO O DIREITO A TUDO QUE HOUVER SOB O SOL. A AFIRMAÇÃO DO PRES. TRUMP AO SE ELEGER, DE QUE ELE IRIA BUSCAR DE VOLTA, NO NO MUNDO INTEIRO, TUDO O QUE TIVESSE SAÍDO DOS EUA, REFLETE À PERFEIÇÃO ESSA VERDADE.
    O PERIGO ESTÁ EM QUE AGEM POLÍTICAMENTE PORQUE NÃO SE TRATA DE RELIGIÃO MAS DE POLÍTICA DE ESTADO.
    ASSIM FOI NA ALEMANHA, SEGUNDA GRANDE GUERRA. ASSIM TEM SIDO EM TODAS AS CONQUISTAS E GUERRAS DE SAQUE, COMO NA ALEMANHA OU NO MAIOR HOLOCAUSTO JÁ HAVIDO NA TERRA QUE TEM HAVIDO NO PLANETA, NO CASO DA ÀFRICA, PELA INGLATERRA. A DIFICULDADE EM SESCONSTATAR ESTA VERDADE ESTÁ NA FORMA DE AGIREM, VEZ QUE JAMAIS SUJAM AS PRÓPRIAS MÃOS. SENÃO, POR QUE SERIA QUE A HISTÓRIA UNIVERSAL JAMAIS RECONHECE NEM QUESTIONA ESTA VERDADE?

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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