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Morro do Urubu: Paraíso do voo livre no Cerrado

Morro do Urubu: Paraíso do voo livre no Cerrado

Aqui bem perto da sede da Xapuri, no município goiano de Formosa, existem incríveis atrativos nacionalmente conhecidos das pessoas amantes da natureza e do Ecoturismo, como o Salto do Itiquira que, com seus 168 metros, é conhecido como a oitava maior queda de água, e a segunda maior queda livre de águas do Brasil.

Logo depois do Itiquira (em Tupi, fartura das águas), fica o Morro do Urubu, ou Rampa do Sargento, colina bastante conhecida por quem pratica o voo livre, esporte radical que utiliza os bons ventos locais para voos curtos ou mesmo de longa distância, com asas-deltas ou parapentes.

Embora receba desportistas durante todo o ano, é no mês de agosto que, de fato, o Morro do Urubu fica mais povoado, uma vez que ali se realiza uma das etapas do Campeonato Brasileiro de Voo Livre. Durante a competição, dezenas de desportistas partem da Rampa do Sargento no Vale do Paranã para, em uma fascinante aventura, chegar até a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

O espetáculo do voo livre fascina também a expectadores de Formosa e da região, uma vez que ao longo do dia pode-se avistar uma infinidade de asas-deltas enfeitando os céus do Planalto Central.

Em agosto de 2015, o piloto gaúcho Mário Feliski percorreu a trajetória de 72 km em duas horas e oito minutos como treinamento do Campeonato Internacional de Brasília de Voo Livre, que reúne os melhores pilotos de todo mundo para fazer o mesmo trecho, só que passando por pilões, pontos determinados pela competição.

Devido aos ventos fortes, ou “térmicas”, O Morro do Urubu no Vale do Paranã representa uma opção muito desejável para praticantes mais experientes do esporte, porém não é uma opção favorável aos pilotos com pouca experiência.

A melhor época para realizar os voos é no período da seca, de julho a setembro. Para maiores informações, entrar em contato com o Clube de Voo Livre de Formosa: fb.com/groups/clubedevoolivredeformosa.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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