Acre: Terra da Solidariedade
Por Marcos Jorge Dias
Acre terra distante, de rios e barrancos. Os desinformados dizem que não existe, os que imaginam existir acreditam que onças, jacarés e imensas sucuris trotoam livres e harmônicas na praça central da aldeia, onde papagaios, periquitos e tucanos, entre outros avoantes, fazem algazarra no final da tarde quando o sol se espicha na mata para as bandas do oceano Pacífico.
Não. Não é esse o cenário local. No Acre as tardes de março são azuis, de nuvens azuis carregadas de águas. Os historiadores, geólogos e geógrafos dizem que em priscas eras o Acre era fundo de um imenso lago onde nadava o Purussauro e incluía grande parte do que hoje conhecemos por Amazônia.
O sol nem é tão escaldante como dizem alguns exagerados de pele mais sensível. Em março o sol é brando, dourado como os cabelo de um anjo do museu de São Petersburgo.
Mas voltemos ao Acre, neste fim de tarde do fim de março, um mês que apesar do nome masculino é um período extremamente feminino.
Não pude deixar de pensar no Poder do feminino quando ao cair da tarde recolhíamos doações para as pessoas vítimas da alagação que acontece em vários pontos de Rio Branco e do Estado do Acre.
Fiquei divagando sobre as nuvens, nuvens plúmbeas, as águas, as ruas alagadas, as enxurradas, as mulheres, a sororidade deste Acre, Terra da SOLIDARIEDADE.
![Acre: Terra da Solidariedade 1 Acre mjd tarde](https://xapuri.info/wp-content/uploads/2023/03/Acre-mjd-tarde-142x300.jpg)
Texto e foto interna: Marcos Jorge Dias – Escritor acreano. Capa: Agência Acreana
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Rio Branco