FIM DA ESCALA 6X1 E ISENÇÃO DO IR SÃO PAUTAS DA CLASSE TRABALHADORA

FIM DA ESCALA 6X1 E ISENÇÃO DO IR SÃO PAUTAS DA CLASSE TRABALHADORA

FIM DA ESCALA 6X1 E ISENÇÃO DO IR SÃO PAUTAS DA CLASSE TRABALHADORA

As lutas da classe trabalhadora ganharam um impulso significativo na atual quadra política. O movimento pelo fim da extenuante escala de trabalho 6×1, que abrange milhões de trabalhadores/as do comércio, entregadores/as por aplicativo, prestadores/as de serviços e empregados/as em geral.

Por Alberto Cantalice 

O movimento pela justeza da reivindicação mobilizou ruas e redes sociais, fazendo a proposta de PEC apresentada conseguisse rapidamente as assinaturas necessárias para iniciar sua tramitação.

Outra proposta que pode iniciar um amplo movimento é a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais, com alíquota mínima para quem recebe até 7.500 reais.

unnamed

Essa isenção abrange aproximadamente 36 milhões de trabalhadores localizados nas classes C e B. Na proposta apresentada pelo governo, o custo dessa isenção virá das altas rendas.

Esse gráfico (em destaque) do Professor Sérgio Wulff Gobetti, economista do IPEA, a tributação das altas rendas – os que percentualmente pagam menos – poderá cobrir o custo da isenção.

Não será fácil. A defesa dessa bandeira exigirá uma mobilização imensa dos setores progressistas da sociedade brasileira.

O Congresso, de maioria conservadora, resiste a toda e qualquer proposta que vise uma maior justiça tributária: estão aí os prolongamentos dos gastos tributários e do Perse para provar.

Sem mobilização de rua e engajamento nas redes, os parlamentares não sairão de sua zona de conforto que é a do atendimento aos lobbies poderosos do Capital em detrimento do trabalho.

cantalice2Alberto Cantalice – Jornalista, editor da Revista Focus Brasil. 

 

 

 

Fonte: Focusbrasil

Logotipo Fetec CN CUT scaled

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

REVISTA