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Quero o Brasil fora do Mapa da Fome

Quero o Brasil de Lula e Zé Dirceu fora do Mapa da Fome

Quero meu país de volta, com o Brasil de Zé Dirceu outra vez fora do Mapa da Fome, para que nenhuma criança nossa volte a desmaiar na escola por falta do sagrado pão de cada dia.

Quero meu país com uma escola acolhedora, inclusiva e cidadã, onde, como deseja Zé Dirceu, as oportunidades sejam as mesmas para todos os filhos e filhas do povo brasileiro.

Quero meu país com Zé Dirceu livre, com nossa juventude desbravando o mundo no “Ciência sem Fronteiras” e nossa educação liberta das deploráveis amarras de uma “escola sem partido.”

Quero meu país  com menos agrotóxicos e mais agricultura familiar, para a que a filhinha de Zé Dirceu, e todos os filhos e filhas nossos, possam crescer saudáveis, vendo “carneiros e cabras pastando solenes” em seus jardins.

Quero meu país com cada vez mais “Minha Casa, Minha Vida” para, como nos sonhos de Zé Dirceu, voltar a assegurar o direito à casa própria para milhões de brasileiros e brasileiras.

Quero meu país com mais verde e menos mineração,  com mais cultura e menos repressão, com Zé Dirceu firme na condução de um projeto de nação inclusivo e cidadão.

Quero meu país  com menos “Bancada de Bala”, sem que o latifúndio possa desmatar o quanto queira sem temer o risco de, como nos tempos de Zé Dirceu, o governo fiscalizar e desapropriar a terra descuidada.

Quero meu país com instituições livres e fortes, sem golpes parlamentares e golpismos midiáticos que, ao contrário das lutas de Zé Dirceu, resultem em perdas traumáticas para a grande maioria do povo brasileiro.

Quero meu país com todos os nossos direitos trabalhistas e previdenciários preservados para que, seguindo os princípios éticos de Zé Dirceu, nenhuma mulher grávida tenha que enfrentar a dureza do trabalho insalubre, e nenhum trabalhador brasileiro passe pela desesperança de saber que só poderá se aposentar depois da própria morte.

Quero meu país com total respeito às nossas pessoas enfermas e idosas, para que um governo inumano e golpista não se ache no direito retirar de quem mais precisa o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez.

Quero meu país  com paz, amor e liberdade, sem feminicídio, sem homofobia, sem racismo, sem o castigo injusto de Zé Dirceu condenado sem provas, apenas por perseguição.

Quero meu país  com nenhum entreguismo, sem privatizações duvidosas e, como defende Zé Dirceu, com uma exploração racional e eficiente do que ainda resta dos nossos recursos naturais.

Quero meu país com pensadores críticos como Zé Dirceu, construindo junto com a sociedade, os caminhos para uma infraestrutura eficiente que permita a retomada do desenvolvimento de uma economia sustentável para nosso país.

Quero meu país com políticos como Zé Dirceu “falando fino com a Bolívia e grosso com os Estados Unidos,” que é onde se gesta a ganância que forja  os golpes que dilapidam a democracia brasileira.

Quero meu país  com uma justiça isenta, onde nem Zé Dirceu, nem qualquer outro cidadão ou cidadã seja condenado com base em convicções, sem uma única prova que justifique tamanho justiçamento.

Quero meu país  com um Estado Democrático de Direito vigoroso e pleno, onde, ou se mostrem as provas contra Zé Dirceu, ou o libertem das masmorras insanas dessa perseguição sem tréguas das togas de Curitiba.

Quero meu país  com toda a nossa gente vivendo livre e feliz para que, assim com Zé Dirceu, todas e todas nós possamos voltar a “ficar do tamanho da paz.”


 
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Réquiem para o Cerrado – O Simbólico e o Real na Terra das Plantas Tortas

Uma linda e singela história do Cerrado. Em comovente narrativa, o professor Altair Sales nos leva à vida simples e feliz  no “jardim das plantas tortas” de um pacato  povoado  cerratense, interrompida pela devastação do Cerrado nesses tempos cruéis que nos toca viver nos dias de hoje. 
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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