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Lula agradece: “A solidariedade de vocês renova meu espírito de luta e resistência” (Cartas do Cárcere – 8/4/19)

Lula agradece: “A solidariedade de vocês renova meu espírito de luta e resistência” (Cartas do Cárcere – 8/4/19)

“Em tempo de tanta injustiça, a solidariedade de vocês renova meu espírito de luta e resistência. Ontem, aqui de onde estou, pude ouvir cada palavra de apoio fazer ecoar o som de liberdade. Não tenho palavras para agradecer.”

Com este bilhete, escrito à mão, Lula agradeceu a militância e a todas as pessoas que participaram da mobilização popular em defesa de sua liberdade no dia de ontem, 7 de abril, quando a prisão política do maior líder brasileiro nas masmorras de Curitiba completou um ano.

Neste 7 de abril milhares de pessoas foram às ruas, em vários locais do Brasil e do mundo, para exigir a liberdade de #LulaPresoPolítico. Houve protestos nas grandes cidades da Europa, nas principais capitais brasileiras e também em Caetés, a terra natal de Lula, no estado de Pernambuco.

Indignada, boa parte da sociedade brasileira se une em defesa de uma só bandeira: #LulaLivre!

CONFIRA A NOTA DO LULA:

Queridos Companheiros e Queridas Companheiras,

Em tempo de tanta injustiça, a solidariedade de vocês renova meu espírito de luta e resistência.

Ontem, aqui de onde estou, pude ouvir cada palavra de apoio fazer ecoar o som da liberdade.

Não tenho palavras para agradecer.

O sofrimento do povo segue sendo minha maior angústia e provação.

E é ao lado dele, como sempre estivemos, que venceremos essa luta.

Abraços do companheiro de sempre,

Lula

08/04/2019

 

Lula Carta 8 de abril 19 247

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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