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Quanto mais melhor! Cooperativas podem ter aumento de reciclagem, com maior demanda de coleta de resíduos

Maior volume de resíduos em cooperativas pode aumentar taxa de reciclagem

Por: Vanessa de Oliveira – pensamentoverde

Embora cooperativas de reciclagem tenham estrutura para receber grande quantidade de resíduos recicláveis, é pequeno o volume de materiais que chegam até elas.

Na capital paulista, por exemplo, a maior cidade do , há duas usinas de modernas, porém, operam bem abaixo da capacidade que possuem. Ambas podem receber 12 mil toneladas de materiais recicláveis por mês, mas recebem apenas 4 mil toneladas mensais – nem metade da capacidade. Como se não bastasse, grande parte do material que chega às usinas não pode ser reciclada, em razão da separação incorreta dos materiais.

Ainda no município de São Paulo, são coletadas 12 mil toneladas de lixo por dia. Desse total, apenas 360 toneladas são recicladas — 3% do total, segundo informações da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) e da Prefeitura da capital.

Conscientização

Uma parte da mudança desse cenário está na conscientização, difundida através do máximo de informações que possam ser transmitidas acerca da reciclagem. Uma pesquisa Ibope feita por encomenda de uma indústria cervejeira e que objetivou entender a relação do brasileiro com o lixo, apontou que 66% dos entrevistados sabem pouco ou nada sobre coleta seletiva e 39% da população não separa sequer o lixo orgânico dos resíduos recicláveis. Cada brasileiro gera mais de 1 kg de lixo por por dia.

Propagar a importância do ato reflete positivamente não só na natureza, mas também no aspecto social. Nas usinas e cooperativas de reciclagem, milhares de pessoas obtêm renda para garantirem o sustento às suas famílias. De acordo com o Ministério do , são gerados, no Brasil, cerca de 332 mil empregos diretos pelo setor de reciclagem.

braskem interna

Iniciativas

Ações promovidas por empresas que atuam com resíduos passíveis de serem reciclados ajudam a propagar a importância do ato e de cada cidadão contribuir com a questão. Um exemplo disso é a atividade promovida pela Braskem, a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. O foco está em um dos itens mais presentes no dia-a-dia das pessoas: o copo plástico de PP (polipropileno).

O Programa de Reciclagem de Copos Descartáveis de PP é feito em parceria com a empresa Dinâmica Ambiental, especialista em engenharia reversa e gestão de resíduos, e tem o apoio das empresas Altacoppo, Copobras e Jaguar Plásticos.

O programa atua com iniciativas para fortalecer a economia circular — onde os materiais são aproveitados em cadeia de forma cíclica — e o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. Além disso, o projeto faz parte da plataforma Wecycle, que busca promover negócios e iniciativas para a valorização de resíduos plásticos por meio de parcerias que envolvam a reciclagem.

Os copos descartáveis de PP coletados nas empresas que aderem ao programa são encaminhados para recicladoras parceiras Wecycle. O material, então, é transformado em resina pós-consumo e utilizado na fabricação de novos produtos, como tampas para cosméticos e utensílios domésticos.

O plástico tipo PP é muito utilizado em razão da sua qualidade: possui elevada resistência química a solventes e à fratura por flexão ou fadiga; boa resistência ao impacto acima de 15ºC e boa estabilidade térmica. Além disso, é um material versátil e o mais importante: 100% reciclável.

Fonte: https://www.pensamentoverde.com.br/wecycle/maior-volume-de-residuos-em-cooperativas-pode-aumentar-taxa-de-reciclagem/

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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