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Estudantes brasileiras criam produto que absorve óleo do mar

Estudantes brasileiras criam produto que absorve óleo do mar

Desafio em sala de aula virou um que pode se transformar em negócio

Por: Redação

Duas alunas de Caraguatatuba, no litoral Norte de , desenvolverem uma solução inovadora que absorve vazamentos de óleo no mar utilizando casca de coco verde.

A invenção é das jovens Núbia Marques da e Aline Faustino Soares, do curso de logística da Etec ( Técnica Estadual), que pretendem lançar o produto no mercado.

De acordo com o site Meon.com.br, a iniciativa partiu do desafio da professora Patrícia Pantojo, que ficava incomodada com o volume de cascas de coco verde que vão para o na cidade, cerca de 16 toneladas por mês. A docente propôs aos alunos que achassem uma solução prática para o problema.

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O passo seguinte foi conseguir o óleo para realizar os testes. Em um tanque com água do mar foram colocados tanto óleo quanto a borra do , uma substância bem grossa, em estágio anterior à destilação para se chegar a combustíveis. A fibra do coco absorveu tudo.
Na hora, eu percebi que aquele produto era muito parecido com a fibra de coco. Então, quando eu cheguei em casa eu resolvi fazer um teste de absorção, e deu certo”, contou Núbia ao site Meon.com.br.Foi a partir de uma visita técnica ao Porto de São Sebastião, que Núbia e Aline tiveram a ideia usar a casca do coco como matéria-prima para produzirem o produto. Lá elas conheceram a turfa canadense, um pó usado para absorver o óleo que os navios despejam nos oceanos.

Núbia e Aline descobriram ainda que ao acrescentar penas de aves à fibra com o óleo absorvido, forma-se uma biomassa, que pode ser usada como substituta do carvão, por exemplo.

Fonte: Catraca Livre

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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