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Colapso em Manaus - A Culpa

Colapso em Manaus – A Culpa

Colapso em Manaus – A Culpa

Por Lúcia Resende

Manaus entrou em colapso na pública. Assistimos gestores jogando a culpa de um para outro. Enquanto isso o povo morre sem ar. Profissional de saúde diz que atende cerca de 50 pacientes infectados pela por dia e desabafa: “Todos eles fizeram tratamento precoce. Todos eles fizeram azitromicina, ivermectina, que é o mais atual, alguns fizeram anita, até mesmo cloroquina

A culpa do caos é, em grandíssima parte, de quem, desde o início da pandemia, desprezou a gravidade da doença, fez piadinha, promoveu e continua promovendo aglomeração, não respeita as regras de distanciamento social, disse que é preciso “não ser maricas” e enfrentar o vírus, que “morre quem tiver que morrer”, recomenda e faz seu governo recomendar medicamentos não atestados pela Organização Mundial da Saúde… Na sua esteira, deputados fazendo campanha contra lockdown (Manaus, Búzios) e uso de máscaras, por exemplo.
E a culpa de o não estar já vacinando a população é inteiramente dele e de seu sinistro. O Brasil sempre esteve na dianteira quando a questão é vacina. Temos excelentes instituições de pesquisa e produção, temos o SUS, com experiência reconhecida em vacinação. O que ele fez? Primeiro, não se interessou por integrar a vanguarda mundial, preferiu copiar o imbecil dos EUA. Segundo, politizou, desacreditou a vacina CoronaVac (produzida no Butantan em parceria com Sinovac /China), a ponto de muitas pessoas dizerem que não tomariam “vachina”. Terceiro, mente para a população, chegando a deslocar avião, a custo altíssimo, para Recife, sem confirmação de que a Índia disponibilizaria 2 milhões de doses…
Quanto a Manaus, segue mentindo e criando narrativas para confundir a população. Seu ministro da Saúde foi a Manaus duas vezes e limitou-se a recomendar “tratamento precoce/preventivo), quando os estoques de oxigênio chegavam ao fim. Exposto o caos, mente novamente, dizendo que o STF o impediu de agir. MENTIRA, o que o STF determinou é que ele não poderia impor ao país sua negacionista e que prefeitos e governadores poderiam, sim, determinar medidas restritivas. Isso porque, desde o início, ele não teve uma ação coordenada, obedecendo às recomendações de especialistas e da OMS.
Crimes de responsabilidade há, muitos.
#ForaBolsonaro genocida e sua corja!
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Lucia Resende é professora, escritora e excelente cozinheira. É Revisora e beneficiadora de textos, revisora e colaborado da Xapuri, e dos e-books lançados por este site. Militante de causas ambientais, política de , e defensora dos .

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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