Cultivo de Orquídeas preserva Biodiversidade

O CULTIVO DE ORQUÍDEAS PODE PRESERVAR A BIODIVERSIDADE

 Cultivo de Orquídeas preserva Biodiversidade

A orquidocultura encontra em Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros, um berço para desabrochar seus encantos. Alto Paraíso  traz ao mercado regional espécies endêmicas de um rupestre de aroma e beleza fascinantes. Ali, estão cultivando orquídeas e gerando  renda para as pessoas da região.

Por Alexandre Saldanha

Em duas estufas e 280 metros quadrados, o Orquidário Jardim de Belas apresenta belíssimos exemplares. A multiplicação de orquidáceas vindas de um rigoroso sistema de cultivo possibilita exemplares de formas e medidas admiráveis. O resultado tem sido muito bom, dizem os criativos idealizadores do .

Praticamente toda produção é comercializada na Feira do Produtor Rural, fato este que não impede a venda no local. Quase um atrativo turístico da cidade, o orquidário costuma receber a visita tanto de moradores, como de turistas que passam pela região.

 Cultivo de Orquídeas preserva Biodiversidade

Situado na Chapada dos Veadeiros, desenvolve em união com o laboratório de Atibaia- , uma produção de orquídeas peculiar. Mescla as técnicas do meristema, a de tecidos em tubos de ensaio e a semeadura, que por meio de enxertos em troncos, perpetua e enobrece a espécie Cultivo de Orquídeas preserva Biodiversidade

Para além das estufas e da intenção comercial sugere um convite para a terapia através das , um ritmo de vida tranquilo e equilibrado. “Por isso a atividade realizada aqui neste lugar, Alto Paraíso de Goiás, Chapada dos Veadeiros”, afirma o proprietário Gilmar Nagel, que junto com sua família gerencia o empreendimento.

A aromoterapia, tratamento baseado no efeito que os aromas são capazes de provocar no indivíduo, alia o bem estar da troca de energia com os cuidados com a ,  traz para dentro de casa  um ornamento de  beleza que alia a e a qualidade de vida no ambiente.

O empreendimento familiar gera renda e sustentabilidade, ação local para problemas globais. Desenvolver o potencial cidadão, entre a e a ,  é a soberania da consciência do novo milênio.

Cultivo de Orquídeas preserva Biodiversidade
Foto: Guilherme Albuquerque

ANOTE AÍ!  + INFO:

Orquidário Jardim de Belas Flores – Alto Paraíso de Goiás –  Chapada dos Veadeiros

Telefone:  (62) 99601-1227 e 3446-1441

Obs.: publicado originalmente em 29 de ago de 2016

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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