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A vida é uma jornada – Life is a Journey

A vida é uma jornada / Life is a journey (*)
Poema do Rabino Alvin I. Fine (1916-1999)

O nascimento é um começo
e a morte , um destino.
Mas a vida é uma jornada.
Da à maturidade
E da juventude à velhice;

Da inocência para a consciência
E da ignorância para o conhecimento;
Da insensatez para a discrição
E então, talvez, para a sabedoria;
Da fraqueza para a força
Ou da força para a fraqueza –
Repetidas vezes
Da para a doença
E doentes, rezamos pela volta da saúde.

Da ofensa ao perdão,
Da solidão ao amor,
Da alegria à gratidão,
Da dor para a compaixão,
E da aflição para a compreensão –
Do medo para a fé;
Da derrota para a vitória
Até que, olhando para trás ou para frente,
Vemos que a vitória reside,
Não em algum lugar alto no meio do caminho
Mas em ter empreendido a jornada, etapa por etapa,
Uma peregrinação sagrada.

O nascimento é um começo
E a morte, um destino.
Mas a vida é uma jornada,
Uma peregrinação sagrada
Para uma vida eterna.

( versão adaptada do original em inglês – Fonte: Comunidade Shalom. Sidur para receber o Shabat. . 2002. p 127)

ANOTE:

Rabbi Alvin Fine, one of the Bay Area’s best known and most highly regarded clergymen, died January 19 of congestive heart failure at a hospital in Napa. He was 82.

Rabbi Fine led San Francisco’s reform Temple Emanu-El for 16 years during the post-World War II era.

A humanitarian and ardent advocate for civil rights, Rabbi Fine was also a charter member of the city’s Human Rights Commission.

“Social justice was his passion,” his daughter-in-law, Michelle Ackerman, said last night.

As senior rabbi at San Francisco’s largest Reform temple from 1948 to 1964, he was a lifelong champion of racial justice, bringing, among others, the Rev. Martin Luther King Jr. and Maya Angelou to speak to the congregation in the early days of the civil rights movement.

Fonte: www.sfgate.com

Este poema foi postado por Rubens Harry Born em sua página no Facebook para comunicar o passamento de sua mãe, dona Ilse, no último dia 12 de junho, aos 90 anos de idade.

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

revista 119

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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