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A voz dos territórios, das florestas, das águas e dos campos

A voz dos territórios, das florestas, das águas e dos campos

Povos e Comunidades Tradicionais na Construção de um canal direito com a Sociedade

Esta Coluna na se propõe a ser um espaço de divulgação de temas para o fortalecimento dos Povos e Comunidades Tradicionais-PCTs do , como o acesso e garantia da manutenção dos territórios, respeito às culturas tradicionais, adequadas a sua realidade sociocultural.

Sua publicação se dá á partir de uma parceria entre a Revista Xapuri, e o Núcleo de Organização da Coluna.A função do núcleo é organizar as publicações da coluna, este é composto por Alícia Morais (Catadoras de Mangaba), Claudia Sala de Pinho (Comunidades Tradicionais Pantaneiras – Mestre em Ciências Ambientais -UNEMAT, Presidenta do CNPCT), Givânia Silva (Quilombola, Doutoranda-UnB), Aparecida Mendes (Quilombola, Mestre CDS-UnB), Lidiane Taverny (Retireiras do Araguaia, Mestre CDS UnB), Valdivino Rodrigues (Comunidades de Fundos e Fechos de Pasto da Bahia), Adriana Margutti (Mestre em Ciências Florestais, Coordenadora do Coletivo Florestal Cagaita), Gabriel Domingues (Ecólogo, doutorando no CDS/UnB), e Gessyca Alves (Jornalista).

Os PCTsbrasileiros, em sua enorme diversidade com mais de 28 segmentos, são os grandes agentes da sociobiodiversidade do país mais megadiverso do Planeta Terra. Nossosterritórios ainda conservados são ocupados por PCTs, que mantêm seu modo de vida em harmonia com o ambiente. Faz parte das culturas tradicionais a diversidade de manejo das áreas naturais que protege as funções ecológicas necessárias para a manutenção de água doce, do equilíbrio climático, e sua relação com a natureza gera conhecimento para a indústria alimentícia, farmacêutica, de cosméticos e tantas outras.

A importância das culturas tradicionais para a humanidade é proporcional á necessidade de água e ar limpos para se viver com qualidade. Historicamente os Povos e Comunidades Tradicionais no Brasil pertencem a uma parcela excluída da sociedade sem o domínio dos seus territórios, e nenhum acesso a políticas públicas ou seguridade social. Por um breve período da história,onde a gestão do Estado Brasileiro teve orientação progressista,houve um processo de inclusão dos PCTs no orçamento público, aumentando a participação na estrutura do executivo com a criação de instâncias voltadas diretamente para suas necessidades. Se viabilizou a participação dos povos tradicionaisna elaboração e fiscalização das políticas públicas através de conselhos como o CONDRAF (Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável), CNPCT(Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais), CONSEA (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), entre tantos outros, assim como a criação de universidades e políticas de valorização da .

Porém infelizmente o Estado Brasileiro novamente fecha as portas para os PCTs, os excluindo do orçamento da união, destruindo a estrutura de governo e políticas públicas, avançando contra os territórios adquiridos, e favorecendo seus algozes nas estruturas de poder local.

Nossa Coluna na Revista Xapuri vem se contrapor a este movimento. Iremosdisponibilizar informação de qualidade com consciência crítica, combatendo o e a opressão aos povos e comunidades tradicionais brasileiros.

Contamos com vocês leitores e leitoras!!

Contato: colunapcts_xapuri@gmail.com

CONHEÇA AS PESSOAS DO NOSSO NÚCLEO DE ORGANZIZAÇÃO:

Adriana Alicia aliciafinalAlícia Morais – Catadoras de MangabaAdriana claudiafinal Claudia Sala de Pinho – Comunidades Tradicionais Pantaneiras – Mestre em Ciências Ambientais-UNEMAT – Presidenta do CNPCTAdriana givaniafinalGivânia Silva – Quilombola – Doutoranda-UnBAdriana cidafinalMaria Aparecida Mendes – Quilombola – Mestre CDS-UnBAdriana LidiLidiane Taverny – Retireiras do Araguaia – Mestre CDS UnB

Adriana valdivino finalXapuriValdivino Rodrigues -Comunidades de Fundos e Fechos de Pasto da BahiaAdriana Adriana finalAdriana Margutti – Mestre em Ciências Florestais, Coordenadora do Coletivo Florestal CagaitaAdriana GabrifinalGabriel Domingues – Ecólogo, doutorando no CDS/UnBAdriana GessGessyca Alves – Jornalista

NOTA DA XAPURI: HONRA E PRIVILÉGIO IMENSO CONTAR COM A CONFIANÇA DESSA TURMA GUERREIRA LINDA. BOAS-VINDAS! GRATIDÃO!

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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