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Abelha gigante de Wallace reencontrada na Indonésia

Abelha gigante de Wallace reencontrada na Indonésia – Desaparecida há 38 anos, maior abelha do mundo reaparece  na Indonésia

A abelha gigante de Wallace, como o nome já indica, não é exatamente discreta: quatro vezes maior que uma abelha comum, é de um tamanho de um polegar adulto…
Por Natasha Romanzoti /hypescience.

Megachile pluto

Uma equipe de biólogos norte-americanos e australianos encontrou uma única abelha da espécie (Megachile pluto) vivendo dentro de um ninho de cupins em uma árvore a mais de dois metros do solo.

“Foi absolutamente deslumbrante ver esse ‘buldogue' voador que não tínhamos mais certeza se existia”, contou Clay Bolt, fotógrafo especializado que fez as primeiras imagens da espécie viva. “Realmente ver quão bela e grande a espécie é em vida, ouvir o som de suas asas gigantes batendo quando passou pela minha cabeça, foi simplesmente incrível”.

maior abelha do mundo2

A fêmea desta abelha, descoberta pelo explorador e naturalista britânico Alfred Russel em 1858 na ilha tropical indonésia de Bacan, pode medir cerca de 4 centímetros de comprimento.

Russel a descreveu como “um inseto grande, parecido com uma vespa preta, com imensas mandíbulas como um besouro lucano”.

Elusiva

Apesar de sua grande estatura, a abelha permaneceu elusiva. Até hoje, os biólogos não sabem muito sobre o ciclo de vida secreto da fêmea, que envolve a fabricação de ninhos com resina de árvore dentro de cupinzeiros arbóreos ativos.

A espécie só foi vista novamente por cientistas em 1981, quando Adam Messer, um entomologista americano, redescobriu-a em três ilhas indonésias. Messer observou como a abelha usava suas gigantescas mandíbulas para coletar resina e madeira para seus ninhos à prova de cupins.

Equipes de busca não conseguiram encontrar a abelha novamente, mas essa última descoberta de uma única fêmea aumenta as esperanças de que as florestas da região ainda abriguem essa espécie.

Ameaçada

O habitat da abelha na Indonésia está ameaçado pelo maciço para a agricultura. Seu tamanho e raridade ainda a tornam um alvo para colecionadores.

Não há, no momento, nenhuma proteção legal relativa ao comércio da abelha gigante de Wallace.

Robin Moore, biólogo de conservação da Global Wildlife Conservation que dirige um programa chamado The Search for Lost Species (em português, “Busca por Espécies Perdidas”), disse: “Sabemos que divulgar essa redescoberta pode parecer um grande risco, dada a demanda, mas a realidade é que colecionadores inescrupulosos já sabem que a abelha está lá fora”.

Moore disse que é vital que os conservacionistas conscientizem o governo indonésio sobre a abelha e tomem medidas para proteger a espécie e seu habitat.

“Ao transformar a abelha em um carro-chefe mundialmente famoso para a conservação, estamos confiantes de que a espécie tem um futuro melhor do que se simplesmente a deixássemos ser colecionada até o esquecimento”, concluiu. [TheGuardian]

Fontehttps://hypescience.com/maior-abelha-do-mundo-desaparecida-ha-38-anos-e-encontrada-na-indonesia/


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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