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Privatização: O adeus ao satélite 100% nacional

Com o adeus ao satélite 100% nacional, comunidades de baixa renda e escolas rurais não terão acesso à banda larga –

Está em curso mais uma das maldades do atual governo ilegítimo e golpista contra a brasileira e a soberania nacional. Trata-se da privatização do satélite da Telebrás, cujo leilão está marcado para o dia 17 de outubro, e que poderá vir a repassar até 80% de sua capacidade para interessados internacionais.

O do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) foi profundamente alterado e não mais garantirá o atendimento a escolas rurais e de periferias de grandes , postos de , interconexão de órgãos públicos e de postos de fronteiras. Perdeu toda a sua conotação social para se transformar em mais uma forma de arrecadar recursos.

Em audiência pública no Senado Federal, no dia 21/09, a atual gerência da Telebrás afirmou, em contraposição aos argumentos colocados pelo Clube de Engenharia , que “irá apenas leiloar as sobras do satélite que a Telebrás não fará uso”. Como assim? E as 60 mil escolas rurais e de periferia não atendidas por banda larga? E os cerca de 2 mil municípios também não atendidos?

Na audiência pública ficou claro que com a capacidade destinada à Telebrás, cerca de 12 Gbps continuaremos sem atender, ou atendendo precariamente, a demanda social das regiões necessitadas. A capacidade indevidamente leiloada será utilizada por grandes corporações para fins comerciais, direcionando, como sempre, seus esforços para áreas com melhores retornos financeiros.

O Instituto Telecom entende que modificações significativas de projetos sociais importantes como este, especialmente as implementadas por governos ilegítimos como o atual, devem ser precedidas de ampla discussão com a sociedade. Defendemos que a Telebrás seja a responsável pela utilização da capacidade comercial total do SGDC, e que venha a incorporar satélites futuros no atendimento adequado das regiões remotas e mais carentes de nosso país.

sat%C3%A9lite paraiba.com .br

ANOTE AÍ:

FonteInstituto Telecom http://fitratelp.org.br/noticias/o-adeus-ao-satelite-100-nacional-d861/

Foto interna: www.paraiba.com.br 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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