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O País de Gales

O País de Gales

Por: Joseph Weiss

Paloma, minha neta de 13 anos, acaba de voltar de uma competição de ginástica acrobática no País de Gales. Essas anotações eu fiz pra viagem dela, que por sinal foi campeã por lá, mas podem valer também pra você, que gosta de conhecer outros mundos e suas histórias interessantes.

O País de Gales (Wales em inglês) é o menor país do Reino Unido e o de menor renda per capita, 25 mil dólares, equivalente a 74% da média dos outros países do bloco,Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte. Seu território corresponde a apenas três vezes o tamanho do Distrito Federal e é menor que Sergipe, o menor estado brasileiro.

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Um em cada seis galeses falam a língua tradicional galês. Era um país que vivia de tirar minérios e carvão das suas montanhas. Naquela época, os mineiros tinham pulmões cheios de pó de carvão. Hoje o país vive de turismo. Gales nunca foi conquistado pelos anglo-saxões devido ao terreno montanhoso e à feroz resistência do seu povo.

Os principais pontos turísticos do país são a ferrovia Ffestiniog e as cavernas Llechwedd Slate. Muita gente visita o país em outubro, para a Festa de Halloween, que eles chamam de CalanGaeaf.

Gales é um lugar de muito sossego,e também de muita cultura. Por todos os lados, pode-se ver os resquícios dadevastação do passado.

A cidade de BlaenauFfestiniog, que tem só 4 mil habitantes, está cercada de montes de lixo das minas que fecharam há muitos anos.

Na cidade de Portmeirion tem o festival conhecido por Número 6 com atividades culturais, artísticas e gastronômicas, teatro, desfiles. Em Cardiff, a capital, tem programação de musicais, dança e balé.

 

Joseph Weiss – Eco-Economista.

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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