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Escola de madeira do Tocantins eleita melhor obra de arquitetura do mundo

Escola de madeira do Tocantins eleita melhor obra de arquitetura do mundo

Aldeia das Crianças recebe Prêmio Riba International, o mais importante da arquitetura no mundo

O prêmio Riba International Prize (Royal Institute of British Architects), considerado um dos mais importantes da arquitetura, foi entregue para Marcelo Rosenbaum, em reconhecimento pelo projeto arquitetônico Aldeia das Crianças (falamos aqui)que fica na fazenda Canuanã, no Tocantins e se destaca pela forma inovadora com que se integra com o meio ambiente.

A escola, feita em parceria com o escritório Aleph Zero, é pensada para atender aos anseios da população local e foi feita quase que inteiramente com madeira reaproveitada. O projeto inova ao integrar o edifício ao cenário natural, colocando em prática o conceito de sustentabilidade econômica e ambiental. Aliás, falamos de um local especial, que integra três biomas, cerrado, pantanal e amazônico.

Durante as etapas, Rosenbaum buscou envolver alunos e comunidade na projeção das salas de aula, das varandas e dos espaços comuns. A ideia era manter vivo valores indígenas e passar uma sensação de pertencimento para as crianças em processo de amadurecimento.

Foram realizados encontros com mais de 540 adolescentes, responsáveis pela criação de jogos e workshops pensados para entender as necessidades dos estudantes e os conceitos de convívio em comunidade.

O complexo atende cerca de 800 alunos e alguns moram no local. O fato abraça o conceito de empatia, pois se entrelaça ao cotidiano da comunidade. A escola possui duas vilas, uma masculina e outra feminina. Os dormitórios foram transformados em 45 unidades para seis alunos cada.

Existem também espaços de convivência, como a sala de TV, sala de leitura, varandas, pátios e redários. Elementos para valorizar a ancestralidade e elevar a autoestima dos pequenos.

Escola sustent%C3%A1vel 4 1A expectativa agora fica por conta dos avanços na qualidade de ensino. O Tocantins é uma das regiões mais quentes do Brasil. Na capital Palmas, por exemplo, as temperaturas ultrapassam facilmente a casa dos 40 graus. Por isso, o prédio possui paredes com frestas, que permitem a ventilação natural. Ou seja, na Aldeia das Crianças não existe ar-condicionado. Os alunos só reclamam do frio durante a noite, mas isso se resolve com cobertores.

“O desafio foi convencer alunos e professores que recursos naturais representam sim progresso. Ser moderno não é sinônimo de construções com vidros, paredes de concreto, aço ou ar-condicionado”, explicou ao The Guardian Gustavo Utrabo, um dos fundadores do Aleph Zero.

Além do Riba, Aldeia das Crianças recebeu em fevereiro passado o prêmio de Arquitetura Educacional, entregue pela Building of the Year.

O centro educacional feito por Rosenbaum em parceria com o Aleph Zero, venceu outros 20 concorrentes de 16 países, entre eles Itália, Japão e Hungria. O convite foi feito pela Fundação Bradesco, responsável por construir a escola na década de 1970.

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O local reúne três biomas, cerrado, pantanal e amazônico

Fonte: hypeness.com



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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

3 respostas

  1. Só corrijam uma coisa o Marcelo Rosenbaum não é arquiteto, ele é desing

  2. Que coisa boa de saber o quanto somos capazes de realizar harmonicamente com a nossa mãe natureza. Sensacional!

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