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Salles fez do Meio Ambiente um caos

Ângela Mendes: Salles fez do Meio Ambiente um caos

Ambientalista Ângela Mendes carrega, além do sobrenome, a luta do pai, o líder seringueiro Chico Mendes. Em entrevista à TV 247, ela criticou as políticas ambientais do ministro Ricardo Salles e do presidente Jair Bolsonaro

Por William De Lucca

A ambientalista Ângela Mendes carrega em si mais do que o sobrenome de seu pai, o líder sindical e seringueiro . Do Acre, no coração da , ela conversou com o programa De Lucca Entrevista, na TV 247, sobre a devastação promovida pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) e sobre a resistência dos contra a destruição.

Ao ser perguntada sobre a atuação do ministro do , Ricardo Salles, que já disparou críticas ao legado de Chico Mendes para a luta ambiental no país, Ângela disse que Salles é desqualificado para a função.

“Quem é Ricardo Salles? Uma pessoa totalmente desqualificada para estar no cargo que ocupa, uma pasta tão importante como esta, que trata do meio ambiente do país e que já teve pessoas como José Lutzemberger, Marina Silva e até mesmo Sarney Filho, que também deixou seu legado, todos são melhores que este cidadão”, lembrou.

“Meio ambiente é uma das pastas mais sensíveis do governo, e como você lida com ela demitindo servidores, agindo por interesses pessoais, baseados em vinganças, sem aceitar ser contradito e conviver com diferentes opiniões? Salles tem transformado esta pasta no caos, com um retrocesso em cima do outro. Conquistas que achávamos que já tínhamos conseguido nas políticas ambientais estão sendo retiradas”, criticou Ângela.

 

Fonte: brasil247.com


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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