AS BORBOLETAS E O ESPIRITO HUMANO

AS BORBOLETAS E O ESPIRITO HUMANO

AS BORBOLETAS E O ESPIRITO HUMANO

Ditado por Hilda Maria -psicografado por Luconi. em 07-01-2019
 

Borboletas são lindas, todos as amam, com suas cores diversas e sua delicadeza ímpar.

Mas para chegar a borboleta antes são lagartas, lagartas que ninguém dá valor, acham-nas feias, alguns nojentas e se tiverem oportunidade as matam.

Antes de chegarem a serem borboletas lutam pela sobrevivência de forma ímpar,

digamos que enfrentam preconceito dos humanos, perigos devido aos predadores e para se transformarem em borboletas é necessário estarem bem alimentadas para poderem ter a energia suficiente para endurecer para ficar em um casulo, onde finalmente elas saíram transformadas nas lindas borboletas.

Assim eu comparo a evolução do espírito humano, a luta é grande, muitos são os perigos, principalmente quando encarnados, onde são vítimas de suas próprias fraquezas e vítimas dos sentimentos negativos de espíritos encarnados e desencarnados.

Aqueles que desistem da luta,entregam-se muitas vezes aos piores instintos, outros tornam-se apáticos. Já alguns poucos enfrentam os perigos, seu casulo é a sua fé, seu alimento o amor. Estes são os mais atacados, parece que a inveja, a soberba dos irmãos,perseguem-nos, mas se se manterem dentro dos limites do amor, manterão a dignidade e logo se transformam em uma linda borboleta.

Mas a missão não terminou necessário é semear a fé e o amor, continuarão sendo alvo de muitos, mas agora o degrau alcançado fará com que não se importem, lamentam, às vezes se magoam, mas entendem, levantam a cabeça e seguem em frente.

Vamos, vamos, você que já está a caminho, não permita que destruam seu casulo, tenha fé porque a vitória é certa.

Esta mensagem é para todos que a lerem, porque muitos passam por esta situação nesse instante, mas é especial pra você filha estamos com você e todos que estão nessa luta.

Fonte: Mensagens 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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