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Atacada por Bolzonaro, OMS prioriza ajudar América do Sul durante a pandemia

Atacada por Bolzonaro, OMS prioriza ajudar América do Sul durante a pandemia

A organização enviará para a região cerca de 24,7 milhões de equipamentos de proteção individual, 25 milhões de máscaras médicas e mais de 420 mil respiradores no momento em que o lidera o número de casos e mortos no continente

247 – A Organização Mundial de Saúde (OMS) colocou a América do Sul, novo epicentro da pandemia do novo coronavírus, como prioridade na ação contra a crise. A organização anunciou o envio de milhões de equipamentos para os governos da região.

“Com a América do Sul e o Caribe emergindo como novos centros da pandemia , a OMS está priorizando o envio de um enorme volume de equipamentos de proteção individual (6 000 m3) para seu Escritório Regional para as Américas para distribuição”, indicou o boletim diário da OMS.

De acordo com coluna da Jamil Chade no Uol, a organização enviará para a região cerca de 24,7 milhões de equipamentos de proteção individual, 25 milhões de máscaras médicas e mais de 420 mil respiradores doados pela Fundação Jack Ma.

A ajuda da OMS acontece no momento em que o Brasil lidera o número de casos e de mortes por Covid-19 no continente e logo depois de o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, fazer ataques públicos à Organização. “A tal da OMS disse que assintomático não transmite, depois voltou atrás. Parece que tem algo mais por trás disso, que querem quebrar os países”, disse Bolsonaro. Ele ainda falou que o órgão age como “partido político” e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, defendeu que ele seja investigado até o fim da pandemia.

Fonte: Brasil 247

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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