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Emoções na Copa aumentam número de infartos

Emoções em jogos de Copa aumentam em até 8% número de infartos

“Grandes momentos de tensão ocasionam descargas adrenérgicas [de adrenalina] aumentando risco de crises hipertensivas, angina, arritmias”, disse um cardiologista

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É tanta a magia que envolve esse momento que parece ser natural a vista ficar turva, um aperto no peito, uma palidez no rosto. Pois bem, segundo cardiologistas consultados pela Agência esses sintomas que parecem até naturais em meio a um jogo de Copa do Mundo na verdade podem indicar que há algo de errado no coração desse torcedor. “Nesse caso, é de extrema importância que se procure uma emergência cardiológica”, alerta o cardiologista especialista em arritmia Benhur Henz.

“Sem dúvida as emoções [de uma Copa] podem aumentar os eventos cardiovasculares. Grandes momentos de tensão ocasionam descargas adrenérgicas [de adrenalina] aumentando risco de crises hipertensivas, angina, arritmias. Inclusive existem estudos observacionais que correlacionam período de Copa com um maior número de eventos cardiovasculares, especialmente em jogos do Brasil, quando ocorre um aumento de infarto agudo do miocárdio”, acrescentou.

Citando dados do estudo Copa do Mundo de Futebol como Desencadeador de Eventos Cardiovasculares, da Universidade de São Paulo (USP), o diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Anderson Rodrigues, explica que as ocorrências de infarto aumentam de 4% a 8% entre brasileiros, durante os jogos da Copa.

Emoções boas ou ruins

As emoções que aumentam os riscos de problemas no coração, citados pelos cardiologistas, podem ser tanto boas como ruins. “Ansiedade, rancor, alegria, tristeza ou mesmo amor são emoções que resultam em descargas de adrenalina na circulação sanguínea, e acabam causando sinais como suor frio, palpitações e alterações na pressão arterial”, disse Rodrigues.

Essas alterações na pressão podem ser silenciosas, mas também podem resultar em derrame ou infarto. “Entre esses dois extremos, tudo pode acontecer”, ressalta Rodrigues, referindo-se a sintomas como uma dor de cabeça que pode ou não incidir mais especificamente na nuca, até palidez facial, turvação visual e os chamados escotomas [pontos brilhosos na vista].

“Diante de qualquer sintoma ou sinal suspeito, o torcedor não deve, em hipótese alguma, esperar acabar o jogo para procurar atendimento médico”, enfatiza o diretor da SBC ao incluir, também entre os sintomas, dores no peito que podem irradiar para o braço ou dor na mandíbula.

No caso de pessoas que estejam sozinhas e sintam esses sintomas, o mais indicado é que, de imediato, acione o Samu, pelo telefone 192, ou o corpo de bombeiros, pelo 196.

Prevenir e remediar

De acordo com os cardiologistas, uma estratégia boa a ser adotada para evitar que a emoção coloque em risco o coração é a de tentar assistir ao jogo com tranquilidade; evitar o uso de álcool e tabaco; fazer uma alimentação leve, pobre em gorduras; e buscar lugares arejados ou frescos. “O excesso de estresse, sem dúvida, atrapalha. Devemos agir de forma racional, evitando a paixão excessiva e discussões sem necessidade”, sugere Benhur.

“Claro que, diante de um jogo muito disputado, muitas pessoas podem não conseguir se manter suficientemente tranquilas. Nesses casos, o recomendável, pelo menos para quem já tem diagnosticado algum problema desse tipo [cardíacos, de pressão ou que já tenha passado por infarto], é falar antes com um médico para saber o que fazer, casos eles ocorram. Há medicações e terapias que podem minimizar os riscos”, disse Rodrigues.

A prática rotineira de atividades esportivas e meditação pode ajudar, mas em muitos casos elas podem não ser suficientes. Por isso, é aconselhável que torcedores que já têm acompanhamento médico não deixem de tomar seus remédios nos dias dos jogos.

“Em algumas pessoas, o grau de ansiedade não será controlado apenas com tratamento não-medicamentoso, como Yoga, meditação, esportes e demais atividades físicas. Essas pessoas precisarão de tratamentos medicamentosos, mas é fundamental que essa medicação seja usada conforme orientação médica”, orienta Rodrigues. Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Notícias ao Minuto

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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