Fantásticas, vibrantes, esplendorosas! É nessa época do ano, de junho a novembro, que as cintilantes Baleias-jubarte enchem os olhos de quem passa por Caravelas, Porto Seguro, Itacaré e Morro de São Paulo, no sul do Estado, ou pela Praia do Forte e Arembepe, no Litoral Norte, com seus espetaculares saltos acrobáticos nas águas quentes da Costa da Bahia.
Incrivelmente sedutoras, as enormes Baleias-jubarte, ou Megaptera novaeangliae, que significa “grandes asas” e “Nova Inglaterra”, local onde a espécie foi descrita pela primeira vez, colocam pra fora da água seus corpos de 16 metros de comprimento e, não obstante o seu peso de 40 toneladas, bailam trepidantes sobre as ondas do mar da Bahia.
Embora existam Baleias-jubarte em todos os mares do mundo, as que chegam ao Brasil vêm das ilhas de Sandwich e Geórgia do Sul, próxima à Antártida. Até novembro, dizem os cientistas do Instituto Baleia Jubarte (http://www.baleiajubarte.org.br/home.php), cerca de 15 a 17 mil Baleias-jubarte farão por aqui suas danças de acasalamento, terão seus filhotes e amamentarão suas crias de quatro metros e 1,5 toneladas, especialmente em Abrolhos, seu maior berço reprodutivo.
Em “casa”, nas regiões polares, a grande Baleia-jubarte, que passa por gestações de 11 meses e vive até 60 anos, se alimenta de krill, uma espécie de camarão minúsculo. Enquanto os machos cantam para atrair as fêmeas e as famílias “brincam” em águas baianas, a Baleia-jubarte se abstém de alimentos.
Maria Helena Schuster
Ambientalista