Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.

Após 15 anos de pesquisa, Embrapa lança as primeiras variedades brasileiras de maracujá ornamental 

Após 15 anos de pesquisa, Embrapa lança as primeiras variedades brasileiras de maracujá ornamental 

Por: embrapa.br

dc38f126 d088 3553 0c82 ab66a537f98f?t=1558118089435O trabalho de pesquisa começou com a coleta de amostras na , no Cerrado e em áreas de transição com a . A partir dessas coletas, foi feito um trabalho de melhoramento genético. O resultado foram flores com combinações de cores diferentes, com florescimento durante vários meses e resistentes às pragas e doenças mais comuns no país. As plantas são indicadas para jardins, plantio em vasos, cercas, pérgulas e muros.
Durante o lançamento, o gerente da Emater PAD/DF, Marconi Moreira Borges, destacou que o Distrito Federal tem o segundo maior mercado de flores do País. “O DF é um campo muito favorável para a exploração dos maracujás ornamentais que foram lançados hoje, já que temos um mercado muito grande de paisagismo e floricultura”, informa.
Moreira explica que as espécies ornamentais se mostram como uma ótima oportunidade para os agricultores: “Somos grandes importadores de plantas ornamentais, produzimos aqui apenas 5%. Brasília tem o maior PIB per capita do País, então esses maracujás vêm ocupar um espaço para paisagismo em mansões e grandes espaços para ornamentação. O grande diferencial é que eles têm floração durante o ano inteiro e essa é uma condição muito difícil de se encontrar nas plantas”.
957d2fce b7ac 2803 8949 72399624901c?t=1558118092513O gerente arrisca: “Acredito que as cultivares lançadas vão ocupar rapidamente um espaço nessa linha de paisagismo. Como já existem viveiristas produzindo as mudas, rapidamente vamos ocupar uma boa parcela desse mercado”.
E ontem mesmo já havia pessoas interessadas em aproveitar as vantagens das cultivarem em projetos de paisagismo. Em breve, os maracujazeiros da Embrapa poderão ser vistos na Escola da Natureza, no Parque da Cidade, em Brasília. “A ideia é levar essas novidades da feira para que as crianças possam conhecer um pouco mais sobre o Cerrado. No caso do maracujazeiro que vimos hoje, além ser lindo, na escola, ele vai ter a função de fazer um sombreamento, de embelezar o espaço e também trazer a abordagem da importância de se cuidar do Cerrado”, explica a professora Márcia Diniz Alves.
O coordenador da escola, Gustavo Rosa Guedes, vê ainda que a partir desse material será possível ensinar aos alunos que há muita pesquisa científica por trás daquela planta, transformando-a em um elemento pedagógico. “Tem mais um ganho para as crianças. Além de ser ornamental, também tem a questão da ciência que está envolvida, da importância dela para o País. Sem pesquisa, não conseguimos avançar, inclusive nas questões econômicas”, acrescenta.
Também tem quem está procurando opções para começar um cultivo. É o caso de Marcelo Lima Rodrigues, que tem uma propriedade de dois hectares no Lago Oeste (DF) e quer começar uma pequena produção. “Conversamos com o pesquisador do maracujá [Fábio Faleiro] e essa é uma opção que estamos pensando em levar pra lá”, afirma o visitante.
48af8e51 a353 1c15 2acb 95600839955b?t=1558118080010Louislane Rocha, coordenadora do Programa de Floricultura da Emater/DF destaca que os maracujás lançados na AgroBrasília atendem a uma necessidade da cadeia produtiva, que só não decola na área da floricultura por falta de envolvimento da pesquisa científica, para desenvolver materiais específicos para a região.
A coordenadora informa que a cadeia produtiva de plantas para paisagismo no Distrito Federal movimenta R$ 107 milhões por ano e envolve 15 produtores e que agora tem grande potencial de crescimento. “E existindo no DF uma pessoa responsável pelo fornecimento de mudas de qualidade, fechamos a cadeia produtiva”, encerra, referindo-se aos viveiristas que já estão credenciados para a comercialização do material para todo o .
A propagação dos maracujazeiros ornamentais é feita por estaca ou muda, para manter a identidade da flor. E em cerca de 40 dias, eles já florescem. “Apenas três mudas são suficientes para preencher um muro de uma casa”, informa o pesquisador.
Mais informações sobre o tema

Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/
Fonte: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/43406827/embrapa-lanca-as-primeiras-variedades-de-maracuja-ornamental-brasileiras


 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA