Brasília- DF.03-08- 2019- Coletiva. Seminário Terra, Território: alimentação saudável e redução de agrotóxicos, por requerimento dos deputados Leonardo Monteiro e Padre João (PT-MG), Nilto Tatto (PT-SP) e João Daniel (PT-SE), direto da Câmara dos Deputados. Foto Lula Marques
Brasília- DF.03-08- 2019- Coletiva. Seminário Terra, Território: alimentação saudável e redução de agrotóxicos, por requerimento dos deputados Leonardo Monteiro e Padre João (PT-MG), Nilto Tatto (PT-SP) e João Daniel (PT-SE), direto da Câmara dos Deputados. Foto Lula Marques
Bela Gil: “Agoecologia é uma forma de resistência”
Bela Gil: “Agoecologia é uma forma de resistência” Por
Palavras de Bela Gil em 03 de setembro no lançamento da da Fentre Parlamentar em Defesa da Agroecologia e da Produção Orgânica
O seminário “Terra e Territórios: Alimentação Saudável e Redução de Agrotóxicos” foi realizado na terça-feira (3), na Câmara dos Deputados. Durante o evento também foi lançada a Frente Parlamentar em defesa da Agroecologia e da Produção Orgânica. “A agroecologia é uma forma de resistência, não estamos só resistindo, estamos produzindo”, disse a nutricionista e apresentadora Bela Gil, em coletiva de imprensa.
Para Bela Gil é preciso mudar de direção e ir para o rumo da agroecologia. “Esse é o caminho que vamos conseguir alimentar o mundo, não só o Brasil, mas o mundo sem veneno. Cabe ao governo entender que investir na alimentação é investir na saúde da população. Tem muita gente que não consegue arcar com uma alimentação saudável porque o preço não cabe no seu orçamento. O governo precisa fazer com que o acesso à alimentação saudável chegue a todos. A agroecologia é muito importante para a população e para o planeta”, explicou a apresentadora.
Parlamentares da Bancada do PT na Câmara, entidades e ambientalistas que participaram do seminário concederam coletiva de imprensa no início da tarde, para explicar a importância do evento. “O seminário tem o objetivo de discutir a terra como espaço de cidadania, espaço onde as pessoas possam viver, mas viver com saúde, produzir alimentos saudáveis e conquistar a nossa soberania”, afirmou o coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Agroecologia e da Produção Orgânica, deputado Leonardo Monteiro (PT-MG).
O seminário é realizado em um período em que o País experimenta retrocessos nas políticas públicas, na legislação ambiental, direito ambiental e nas conquistas do povo brasileiro. Durante a entrevista, o deputado Nilto Tatto (PT-SP), que também é coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, destacou que o seminário “é a agenda da vida, do respeito aos animais, de respeito aos mananciais, de respeito à biodiversidade, da alimentação sadia na mesa de todos os brasileiros e de todos aqueles que compram os alimentos do Brasil. Diferentemente da agenda do governo Bolsonaro, que é a agenda da morte”.
Agroecologia
Agroecologia é uma forma de agricultura sustentável que visa a acabar com os danos causados à biodiversidade e à sociedade pela prática da monocultura, dos transgênicos, fertilizantes industriais e dos agrotóxicos.
Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana do mês. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN Linda Serra dos Topázios, do Jaime Sautchuk, em Cristalina, Goiás. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo de informação independente e democrático, mas com lado. Ali mesmo, naquela hora, resolvemos criar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Um trabalho de militância, tipo voluntário, mas de qualidade, profissional.
Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome, Xapuri, eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás de grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).
Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, praticamente em uma noite. Já voltei pra Brasília com uma revista montada e com a missão de dar um jeito de diagramar e imprimir.
Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, no modo grátis. Daqui, rumamos pra Goiânia, pra convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa para o Conselho Editorial. Altair foi o nosso primeiro conselheiro. Até a doença se agravar, Jaime fez questão de explicar o projeto e convidar, ele mesmo, cada pessoa para o Conselho.
O resto é história. Jaime e eu trilhamos juntos uma linda jornada. Depois da Revista Xapuri veio o site, vieram os e-books, a lojinha virtual (pra ajudar a pagar a conta), os podcasts e as lives, que ele amava. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo a matéria.
Na tarde do dia 14 de julho de 2021, aos 67 anos, depois de longa enfermidade, Jaime partiu para o mundo dos encantados. No dia 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com o agravamento da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.
É isso. Agora aqui estou eu, com uma turma fantástica, tocando nosso projeto, na fé, mas às vezes falta grana. Você pode me ajudar a manter o projeto assinando nossa revista, que está cada dia mió, como diria o Jaime. Você também pode contribuir conosco comprando um produto em nossa lojinha solidária (lojaxapuri.info) ou fazendo uma doação via pix: contato@xapuri.info. Gratidão!
Zezé Weiss
Editora
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