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BIA DE LIMA: UMA INFLUENTE DA POLÍTICA DE GOIÁS

Bia de Lima: Uma influente da de Goiás 

“Representar os trabalhadores e as trabalhadoras de Goiás é uma tarefa muito difícil, mas disposição não me falta!” (Bia de Lima )

Por Redação/Sintego

Euzébia de Lima, Bia de Lima, estadual pelo PT-Goiás, recém-eleita uma das mulheres mais influentes da política de Goiás, é, também e acima de tudo, Bia de , combativa dirigente sindical, representante dos trabalhadores e das trabalhadoras na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). 

Mulher militante, Bia, essa goiana de Serranópolis, que gosta muito do porque homenageia suas duas avós, eleita deputada estadual com 24.391 votos, é também presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Goiás (CUT-Goiás) e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego).

Neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, homenageamos Maria Euzébia de Lima, Bia, Bia de Lima, Bia de Luta, educadora, sindicalista, mãe do Gustavo, fazendeira nas horas vagas, mulher de voz forte, de sorriso aberto, que faz de sua vida exemplo de para todas nós, goianas. 

Bia de LimaDeputada Estadual, PT-GO. Conselheira da . Agraciada com o título de uma das mulheres mais influentes da política de Goiás, iniciativa da Contato Comunicação, em 26 de fevereiro de 2024. Foto de capa: Douglas Schinatto.

BIA DE LIMA: UMA INFLUENTE DA POLÍTICA DE GOIÁS

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BIA DE LIMA 

Naturalidade: Serranópolis, Goiás
Data de nascimento: 26 de novembro de 1964
Filiação: Ataide Claro de Lima e Branca de Neves Lima
civil: Solteira
Filho: Gustavo Resende Lima
Formação: Pedagoga e Especialista em Educação Brasileira pela Universidade Federal de Goiás (UFG)
Profissão: Professora, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e deputada estadual.
Base eleitoral: Principalmente Goiânia, Jataí e região, mas obteve votos em 234 dos 246 municípios goianos e irá atender demandas de todo o estado.  
Votos em 2022: 24.391 votos (PT)

Filiou-se ao (PT) em 1992.

Trajetória Sempre atuante da militância, na década de 1980 foi presidente do Centro Acadêmico Paulo Freire da Faculdade de Educação da UFG. Foi professora do Campus Avançado de Jataí/UFG de 1994 a 2005.

Iniciou sua vida política na cidade de Jataí, onde foi eleita vereadora por dois mandatos (1997-2001 e 2001-2004), pelo PT. Concorreu às eleições de 2002 e 2010 para o cargo de deputada estadual, mas não foi eleita. Em 2004, concorreu à vice-prefeita de Jataí na chapa de Alcântara de Carvalho Neto.

Foi tesoureira do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) durante três gestões (2005-2008, 2008-2011 e 2011-2014). Presidiu a Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Goiás nas Gestões (2009-2012 e 2012-2015). Atualmente preside a CUT, em Goiás, Gestão 2019/2023, e o Sintego, Gestão 2021/2025. Continuará em ambas as presidências em concomitância ao seu cargo de deputada estadual, prometendo atender as demandas tanto dos profissionais da Educação quanto de quaisquer trabalhadores do estado de Goiás.

Além disso, Bia de Lima ocupa as funções de membro do Fórum Estadual de Educação de Goiás (FEE-GO); membro do Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO); membro do Conselho Deliberativo do Ipasgo (CDI-Ipasgo); membro do Conselho Nacional de Entidades da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNE/CNTE); membro do Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos de Goiás e vice-presidente do Diretório Estadual do PT.

Fonte: Alego 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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