Biscoito de polvilho assado: Quitanda antiga, e boa!
Em Minas, provavelmente seu berço, o nome mais conhecido é biscoito de polvilho. Em Cavalcante, interior de Goiás, galho. No Centro-Oeste, peta. E ainda há quem chame de biscoito voador ou biscoito de vento essa delícia que agrada o paladar de um canto a outro do país
Por Lúcia Resende
A origem certa não se sabe, mas há registros de que a quitanda já estava presente entre as guloseimas preparadas pelas cozinheiras das fazendas das Gerais no século 18.
Especula-se que o nome biscoito provavelmente chegou até nossa língua pelo termo francês “biscuit”, mas de toda forma a gênese é o latim: bis(duas vezes) + coctus (cozido). Isso certamente porque o processo de feitura envolve escaldar o polvilho (uma espécie de cozimento), antes de amassar, para depois assar.
Deixando a profundidade de lado, como dizia o mestre Belchior, a receita que trazemos vem do Triângulo Mineiro, da Fazenda Aldeia dos Índios, e é uma tradição que vem se mantendo e se ampliando até, não só lá, mas em outras partes do país, muito fortemente no Planalto Central.
Originalmente o biscoito era assado no forno de barro ou no forninho a lenha, que hoje são raros, pois cederam lugar aos fornos a gás e elétricos. Também já está amplamente industrializado, mas quando feito em casa, à moda antiga, tem sabor inigualável.
Cá do meu jeito, reduzi o óleo (na receita original, era meio a meio com a água), porque, afinal, há que se cuidar da saúde em tempos de sedentarismo.
Ingredientes
2 copos de água
1 ½ copo de óleo
4 copos de polvilho doce
Sal a gosto (mais ou menos 1 colher de sopa rasa)
Ovos até dar o ponto de espremer os biscoitos
Modo de Fazer
Coloque o polvilho numa bacia. Ferva o óleo, a água e o sal e derrame sobre o polvilho, mexendo bem. Deixe esfriar e, quando estiver morno, vá amassando com ovos, batendo bastante, até que a massa fique lisa e brilhante, em ponto de espremer. Para modelar os biscoitos (argola, palito, ou o que a imaginação permitir), pode-se usar um saco de plástico firme, cortado um cantinho. Espremer numa assadeira untada (só o fundo) e assar em forno pré-aquecido.
Depois, é só preparar o café e se deliciar!
Lúcia Resende – Quituteira