Borboletas, suas lindas!
Borboletas, parapanás ou parapanãs: quem não ama esses insetos lindos? Quem não se sente mais alegre, mais feliz e com um dedo a mais de esperança quando passam por nós as asas coloridas de uma borboleta?
Por Zezé Weiss
Pois bem, nossas lindas borboletas, insetos da ordem Leptora, classificados nas superfamílias Hesperioidea e Papilionoidea, que constituem o grupo informal Rhopalocera, estão no planeta Terra há muito, muito tempo: os fósseis mais antigos de borboletas são de 40-50 milhões de anos atrás, era geológica conhecida como Eoceno.
Tema popular nas artes visuais e literárias, a borboleta é um dos símbolos sempre presentes tanto no Ocidente como no Oriente.
Na Grécia antiga, uma mulher com asas de borboleta representava a alma. Quando alguém morria, a alma da pessoa morta deixava o corpo na forma de uma borboleta, e dali saía voando. No Japão, até os dias de hoje, a borboleta é associada à figura da mulher-gueixa, elegante e graciosa. Também no Japão, o casamento feliz é simbolizado por duas borboletas juntas.
Para a psicanálise, a borboleta está associada à renovação e ao renascimento. Do casulo onde se desenvolve, a borboleta se lança para a vida, espraiando cores e esperanças. No Cristianismo, a jornada da borboleta está associada à vida, morte e ressurreição de Cristo. Para o Espiritismo, simboliza a reencarnação. Para o movimento LGBT, a transformação e a metamorfose.
Algumas borboletas, como a borboleta-monarca, migram longas distâncias. Algumas desenvolvem relações simbióticas com outros insetos, como as formigas. Algumas polinizam plantas, outras comem insetos. Cada uma delas tem uma cor e um significado especial. Veja que lindeza:
BORBOLETA AMARELA – Renovação. Anuncia mudanças e ventos favoráveis.
BORBOLETA AZUL – Evolução. Crescimento.
BORBOLETA BRANCA – Paz. Leveza. Serenidade.
BORBOLETA COLORIDA – Alegria e Felicidade.
MARIPOSA – Paixão. Atraída pela luz, a mariposa acaba por se queimar, como acontece com os seres humanos, quando se deixam queimar pela paixão.
Zezé Weiss– Jornalista e Editora da Revista Xapuri

A lenda da borboleta azul
Diz a lenda oriental da borboleta azul que, há muitos e muitos anos, um homem ficou viúvo e teve que cuidar de suas duas filhas, meninas muito inteligentes e curiosas.
Por Lúcia Resende
Constantemente, essas duas criaturas enchiam o pai de perguntas que ele nem sempre sabia como responder. Por essa razão, nas férias, o pai mandou as meninas para o topo de uma colina, para conviver e aprender com um sábio que lá vivia.
Espertas, elas decidiram testar o conhecimento (e a paciência) do sábio. Queriam muito fazer pelo menos uma pergunta que ele não soubesse responder.
Uma das irmãs, a mais velha, saiu então caminhando pelo morro em busca de uma artimanha. Voltou depois de uma hora, com alguma coisa escondida no avental.
Ansiosa, a outra irmã, a mais nova, perguntou à mais velha o que trazia ela. A irmã mais velha abriu o avental e mostrou o que tinha trazido do campo: uma linda borboleta azul.
Ante a pergunta da mais nova – O que essa borboleta tem a ver com o sábio? – a irmã explicou que a borboleta azul seria a pergunta-armadilha que ambas fariam ao mestre.
– Quando a gente for para nosso encontro com o mestre, vou perguntar a ele se a borboleta que trago na minha mão está viva ou morta. Se ele disser que está viva, eu apertarei minha mão bem forte e a matarei. Se disser que está morta, eu a deixarei voar.
As meninas foram, então, para o encontro com o sábio.
– Mestre, disse a mais velha, trago em minha mão uma borboleta. Pode me dizer se ela está viva ou morta?
“Depende de você, ela está em suas mãos. Da mesma forma que a vida dessa borboleta, aprender comigo o que posso lhe ensinar ou voltar pra casa sem nenhum conhecimento novo depende apenas de você”, disse o metre às meninas incrédulas com tanta sabedoria.
