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Vox Populi detecta Capitão Motosserra…

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Vox Populi: rejeição de Bolsonaro vai a 40%; aprovação é de 23%

Em abril, rejeição era de 26% –  Aprovação também era de 26%

Pesquisa do instituto Vox Populi encomendada pela PT (Partido dos Trabalhadores) e divulgada nesta 6ª feira (30.ago.2019) mostra que rejeição ao governo do presidente Jair Bolsonaro é de 40%. O valor corresponde à soma dos 27% dos brasileiros que avaliam o governo como péssimo com os 13% que o consideram ruim.

Na última pesquisa, de abril de 2019, os dados mostravam que o governo tinha uma rejeição de 26%, representando 1 aumento de 14 pontos percentuais.

A aprovação era de 26%. Agora, a pesquisa mostra que a avaliação positiva do governo é de 23%, considerando que 5% avaliaram como ótimo e 18% como bom.

Os dados ainda mostram que 35% dos brasileiros consideram a gestão de Bolsonaro regular. Apenas 2% não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa quantitativa, com entrevistas pessoais e domiciliares, foi realizada de 23 a 26 de agosto de 2019. Foram ouvidas 1.987 pessoas em 119 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O nível de confiança é de 95%.

A reprovação em relação à maneira como o presidente faz política, às ideias que ele e a equipe do governo defendem, e ao modo como se relaciona com as pessoas e os opositores, aumentou de 30% para 47%, ou seja, quase metade dos pesquisados.

A aprovação caiu de 30% para 23% no mesmo período. Os brasileiros que se consideram neutros em relação a essas questões passaram de 30% para 27%. Apenas 4% não souberam ou não quiseram responder.

DESEMPENHO POR REGIÃO

O pior desempenho de Bolsonaro é no Nordeste, onde é reprovado por 47% dos entrevistados. Em seguida, aparecem Sudeste (37%), Centro Oeste/Norte (35%) e Sul (29%).

As taxas de aprovação por região ficaram em 32% no Sul, 27% no Sudeste, 22% no Centro-Oeste/Norte e 18% no Nordeste.

AVALIAÇÃO POR SEXO

A reprovação a Bolsonaro entre homens cresceu de 29% para 35% e, entre mulheres, de 31% para 44%.

Entre jovens, saltou de 29% para 40%. Entre adultos, de 26% para 41%. Cresceu de 29% para 33% entre pessoas mais velhas.

AVALIAÇÃO POR ESCOLARIDADE

A reprovação cresceu de 34% para 40% entre pessoas com ensino fundamental; de 26% para 39% entre as com ensino médio; e de 28% para 39% entre aquelas com ensino superior.

A aprovação permaneceu em 21% entre pessoas com ensino fundamental; caiu de 29% para 24% entre os de ensino médio; e de 29% para 26% entre os de ensino superior.

AVALIAÇÃO POR RENDA

Entre pessoas de renda baixa, a rejeição saltou de 32% para 43%; na faixa de renda média, de 27% para 37%, e de 23% para 36% na renda alta.

A aprovação caiu de 21% para 19% entre os de renda baixa; 27% para 24% para os de renda média e 34% a 32% entre os de renda alta.

AVALIAÇÃO POR RELIGIÃO

Entre os que se declaram católicos, a reprovação saltou de 33% para 42%. Entre os que se declaram evangélicos, a reprovação aumentou de 21% para 31%.

A aprovação entre católicos caiu de 24% para 20% e entre evangélicos subiu de 29% para 31%.

‘GOSTO X NÃO GOSTO'

A pesquisa também perguntou aos entrevistados quem gostava ou não de Bolsonaro: 44% disseram não gostar; 30% disseram gostar; e 24% disseram que não gostavam nem desgostavam.

Fonte: Poder360

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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