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Brumadinho

Lama da Vale nas águas do Rio São Francisco

Lama da Vale nas águas do Rio São Francisco
 
Infelizmente, não vai ter jeito. Avançando a cerca de 1 quilômetro por hora, os rejeitos de minério de ferro da barragem da Vale que rompeu em Brumadinho (MG) na última sexta-feira, dia 25 de janeiro, chegarão à hidrelétrica de Três Marias, no Rio São Francisco, a primeira usina instalada ao longo do Velho Chico, por volta do dia 15 de fevereiro.
 
Técnicos  do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Agência Nacional de Águas (ANA) divulgaram esta informação  no primeiro boletim de monitoramento especial sobre o Rio Paraopeba, um dos principais afluentes do Rio São Francisco. Liberado nesta segunda-feira, 28, este é o primeiro documento do governo admitindo que a lama da Vale atingirá as águas do Rio São Francisco.
 
De acordo com o boletim, a lama passará, primeiro, pela hidrelétrica do Bom Retiro,  no Rio Paraopeba, entres os dias 5 e 10 de fevereiro, e daí seguirão rumo ao São Francisco, onde chegarão entre os dias 15 e 20 de fevereiro. O documento contradiz o secretário  o secretário de Mineração do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal, que nesta segunda-feira, 28, negou que os rejeitos chegariam a Três Marias.
 
 
 Pesquisador em Geociências da CPRM durante elaboração do boletim de monitoramento

Pesquisador em Geociências da CPRM durante elaboração do boletim de monitoramento
VEJA A INFORMAÇÃO DO CPRM:
Serviço Geológico do Brasil divulga primeiro boletim diário de monitoramento do Rio Paraopeba

Pesquisadores em Geociências do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) estão monitorando a velocidade de deslocamento da pluma (mistura de rejeito e água) no Rio Paraopeba. Diariamente serão divulgados dois boletins de monitoramento com a previsão de chegada do início da água turva nos pontos de interesse, um a partir das 11h e o outro a partir das 17h. As previsões mostram o caminho que a água turva está percorrendo no rio Paraopeba. Esta metodologia é realizada utilizando dados observados/coletados em campo e características da bacia hidrográfica.
A CPRM opera 14 sistemas de alerta hidrológicos, onde realiza previsões de inundações, assim como elaborou previsões no evento do rompimento da barragem de Mariana (MG). Na calha do rio possuem estações da Rede Hidrometeorológica Nacional operadas pela CPRM em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA). Também atuam em parceria neste trabalho de monitoramento: A ANA, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA).
Confira o primeiro boletim de hoje (28) para obter informações atualizadas, clique aqui!.
Saiba mais: Serviço Geológico do Brasil levanta informações técnicas após rompimento da barragem na Mina Feijão, em Brumadinho (MG)!
MAIS INFORMAÇÕES:

Pedro Henrique Santos
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
pedro.pereira@cprm.gov.br
(21) 2295-4641

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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